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Tuberculose faz um morto a cada 30 segundos

ONU preocupada com a situação da doença na Ásia

A tuberculose provoca um morto na Ásia a cada 30 segundos, uma situação «inadmissível» para a ONU que apelou hoje, a partir de Jacarta, a uma mobilização face à pandemia.

Enquanto a gripe das aves aparece com frequência nas primeiras páginas dos jornais, a tuberculose, que mata milhares de vezes mais, é relativamente esquecida.

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«Existe uma opinião muito difundida no mundo de acordo com a qual a tuberculose está em declínio, mas ela persiste», afirmou hoje na capital indonésia Jorge Sampaio, enviado especial das Nações Unidas para a luta contra a tuberculose.

O ex-presidente português discursava na abertura de um encontro regional sobre a doença.

«A tuberculose é um enorme flagelo na região asiática», que regista cerca de 60 por cento dos casos existentes no mundo, adiantou Sampaio, nomeado para o cargo pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em Maio.

«A região Ásia-Pacífico conta com quase nove milhões de tuberculosos, o Bangaldesh, a China, a Índia, a Indonésia e o Paquistão representam quase metade do fardo mundial», precisou.

Patologia da pobreza, a tuberculose é, no entanto, uma doença tratável e para a qual existe uma vacina, a BCG.

Podemos tratá-la, podemos evitá-la, «podemos lutar contra a tuberculose e finalmente erradicá-la», salientou Irene Koek, presidente da Parceria Parar a Tuberculose.

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Os especialistas preocupam-se, contudo, com o aumento das tuberculoses resistentes e ultra-resistentes aos tratamentos disponíveis e a devastação causada pela doença na Ásia entre a população seropositiva.

«Os que vivem com o VIH têm evidentemente mais possibilidades de apanhar tuberculose», sublinhou Sampaio.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um terço dos 40 milhões de pessoas seropositivas ou com Sida no mundo têm igualmente tuberculose.

«Para lutar eficazmente contra a tuberculose precisamos de infra-estruturas sanitárias adequadas, o que não existe em numerosos países», afirmou, por seu turno, Samlee Plianbangchang, directora da OMS para o Sudeste da Ásia.

Koek pediu aos governos asiáticos, funcionários do sector da saúde, organizações não governamentais, comunidades locais e doadores para juntarem esforços num programa comum para erradicar a tuberculose da Ásia.

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