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Conselho de administração do BPI volta a rejeitar oferta do BCP

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(Notícia actualizada)

O chairman do BPI, Artur Santos Silva, afirmou esta quinta-feira que o novo preço oferecido pelo BCP de 7 euros por acção «é inaceitável» e disse, em conferência de imprensa, que o Conselho de Administração rejeita esta oferta.

No entender do mesmo, este valor acaba por ser «inferior em termos relativos à contrapartida original de 5,70 euros oferecida a 13 de Março de 2006, face ao desempanho do mercado bolsista desde então», acrescentando ainda que desde 10 de Março de 2006, dia anterior ao do anúncio preliminar da Oferta, até 20 de Abril de 2007, as acções dos bancos ibéricos comparáveis com o BPI: (Banesto, Bankinter, BES, Pastor, Popular e Sabadell) apreciaram-se em 39,4% em média e que em consequência, o BCP teria de oferecer 7,95 euros por acção, «para replicar a sua Oferta inicial».

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Artur Santos Silva diz ainda que o preço revisto pelo BCP, de 7 euros, «não reflecte o valor intrínseco do BPI (standalone value), dado o recente desempenho operacional e financeiro e não reflecte o plano de negócios 2007/2011».

Valor não tem em conta sinergias

O chairman do BPI salienta que «o preço oferecido também não partilha com os accionistas do BPI nenhum valor das sinergias revistas de 280 milhões de euros (2,5 euros por acção) anunciadas pelo BCP» e refere que «o BPI pode criar muito mais valor para os seus accionistas».

O conselho de administração (CA) do banco considera que «tomando-se por referência os rácios de eficiência de bancos ibéricos comparáveis, ou transacções recentes de M&A, se conclui que as sinergias totais realizáveis poderiam ser superiores às que o BCP anunciou».

Artur Santos Silva volta a dizer aos accionistas para não venderem as suas acções ao banco de Paulo Teixeira Pinto, alegando que «as projecções do plano de negócios para o período 2007/2011 trazem mais valor para os accionistas do que a proposta de compra do BCP».

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O responsável alerta ainda que esta integração do BPI no BCP iria provocar despedimentos e afectaria os seus clientes, nomeadamente em termos de conveniência e de preçário.

Recorde-se que esta é a quarta decisão do Conselho de Administração do banco relativa à OPA. A primeira foi anunciada dois dias depois do lançamento da Oferta, tendo o CA do BPI considerado a mesma hostil, a segunda foi anunciada, por unanimidade a 10 de Abril através de um relatório, em que foi rejeitada a proposta de aquisição. A terceira disse respeito ao alargamento da rede de balcões do banco e a quarta foi tomada hoje. O banco responde à revisão da contrapartida, garantindo que esta é «totalmente inaceitável».

A «Agência Financeira» já entrou em contacto com o BCP para obter uma reacção, mas fonte oficial da instituição bancária garantiu que «para já não seriam feitos comentários».

O BCP fechou a sessão desta quinta-feira a valorizar 0,33 por cento para os 3,03 euros, já o BPI caiu 4,37% para os 6,35 euros.

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