Paulo Portas analisou, este domingo, numa edição especial do programa “Global”, no Jornal das 8 da TVI, alguns dos eventos mais relevantes a ter em conta para 2021. Da tomada de posse de Joe Biden à mudança do fórum económico de Davos para Singapura, sem esquecer o mundo da ciência e do cinema, o comentador deu a sua visão "Global".
Do que sabemos, o ano de 2021 é melhor do que o ano de 2020. O primeiro semestre vai ser melhor do que o segundo semestre. E temos um problema chamado inverno”, apontou o comentador.
PUB
O mês de janeiro começa com alguns eventos que vão moldar muito dos próximos anos, no que toca à política internacional. Joe Biden sucede a Donald Trump e Angela Merkel abandona a liderança da Alemanha.
“É um governo Obama, sem Obama. Todos os quadros principais vêm da administração Obama e todos eles têm experiência e são moderados”, contou.
A mudança representará um regresso ao acordo de Paris e verá, a curto-prazo, a administração Biden a lutar por um acordo que permita ajudar as famílias americanas a recuperar da crise económica gerada pela pandemia de covid-19.
Sobre o que acontecerá a Trump, Paulo Portas acredita que o presidente norte-americano tentará “sequestrar” o partido republicano. “Temos de esperar para ver se o partido republicano se deixe sequestrar”.
FevereiroO mês mais curto do ano vai ser marcado pelo impacto da pandemia em Portugal. Paulo Portas destacou o relaxamento das medidas no período do Natal, como um possível risco que fará com que possivelmente se verifique um aumento grave no número de infeções.
PUB
“Corremos o risco de ter uma terceira vaga colada à segunda”, alertou o comentador.
Em fevereiro, há também eleições na Catalunha. O antigo líder do CDS considera que este voto eleitoral poderá pôr em causa a unidade de Espanha, ao questionar o poder da monarquia espanhola.
MarçoJá para março, Paulo Portas antevê o problema com a vacina da Oxford AstraZeneca. As vacinas, um bem escasso que não chegam sequer para precaver o grupo de risco mais alto, vão criar uma nova desigualdade.
“Temos aqui um problema de justiça. Mas é, sobretudo, preciso produzir mais e já se está num nível de capacidade produtiva muito grande”, insistiu.
AbrilChega o mês de abril e vem com ele os Óscares. A célebre cerimónia de entrega de prémios costuma estar marcada para janeiro, mas, este ano, devido à pandemia de covid-19, acabou por ser adiada. Paulo Portas salientou que este ano, mais que nunca, será um ano em que plataformas como o Netflix, farão frente aos tradicionais estúdios de cinema.
PUB
“A competição entre os estúdios tradicionais e as companhias de streaming vai ser enorme”, frisou.
MaioTambém adiada foi a cimeira de Davos, a mais importante cimeira económica do mundo. Este ano marcada também pela mudança de lugar. Tradicionalmente feita na Suiça, este fórum económico vai passar a ser feito em Singapura.
“Se as pessoas querem saber quando é que o mundo muda e para onde é que vai, tomem atenção a este detalhe”, explicou.
JunhoPaulo Portas sublinhou o tratado de livre comércio celebrado no dia 1 de janeiro em África, que engloba 54 dos 55 países africanos, e prevê o abatimento de 90% de tarifas sob o comércio.
“Isto é uma nova oportunidade para investidores estrangeiros em África”, sublinhou.
JulhoEm julho, faz 100 anos do Partido Comunista Chinês. Paulo Portas sublinhou a postura dura do regime chinês, que endurece o controlo internamente e tenta seduzir os países vizinhos.
PUB
Em agosto, Paulo Portas destacou o possível regresso da atividade turística, com níveis a metade do que se registou em 2019.
SetembroSetembro fica marcada pelas eleições em Hong Kong, que Paulo Portas acredita ser uma das últimas
“A China preferiu manter a unidade territorial e como consequência sacrificou Hong Kong”, explicou.
OutrubroPaulo Portas aproveitou o mês de outubro para questionar sobre a expo mundial do Dubai, que juntaria milhões de pessoas de todo o mundo. O evento é, neste momento, uma grande interrogação.
NovembroNovembro fica marcado pela conferência do clima, numa altura em que poucos países em desenvolvimento quererão fazer concessões ambientais, uma vez que estão a recuperar de uma crise económica sem precedentes.
DezembroPara o final do ano vem uma onda de eleições na América latina. Para o comentador da TVI, o continente verá um “reequilíbrio” à esquerda. Paulo Portas sublinha ainda as eleições do México, Argentina e Peru como algumas das mais importantes a ter em conta para o próximo ano.
PUB