Se o movimento coletes amarelos, em França, foi o "rastilho fez rebentar alguma coisa que é mais profunda", a "gota de água que fez despejar o copo", Portugal não precisa de protestos do género para perceber que "não está tudo nem nem num mar de rosas", defende Manuela Ferreira Leite, perante o discurso do Governo, que contrasta com o ambiente de contestação e greves que se vive no país.
Os limites estão a ficar um bocadinho inaceitáveis".
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Seja na questão dos portos (greve dos estivadores), que "é complexa", seja na greve enfermeiros, em que "os adiamentos muito prolongados em pessoas em situação grave é realmente complexo", seja nas paralisações feitas pelos guardas prisionais.
No seu comentário semanal na TVI24, a ex-ministra das Finanças constatou que "há um gorar de expectativas" em vários setores e deixou um conselho em tom de aviso a António Costa,
Pode-se estar a criar situação absolutamente explosiva. O Governo devia seriamente pensar e alterar muito as suas prioridades porque ninguém vive melhor com défice zero"
Outro "sintoma" de que "se está a perder um pouco a noção" é, no seu entender, o Fisco passar a ter acesso aos perdões fiscais (RERT) feitos no país. "Não tenho dúvida nenhuma que é subversão dos princípios democráticos".
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