Marcelo Rebelo de Sousa considerou, este domingo, que, havendo "lógica na política", os outros potenciais candidatos à Presidência da República " não estarão condicionados por quem quer que seja"
Marcelo Rebelo de Sousa falou de nomes como Alberto João Jardim e Pedro Santana Lopes, como possíveis candidatos da Direita. “ . A questão curiosa será depois saber se a coligação, perante vários candidatos, não tem a atitude prudente que é não apoiar nenhum e haver a inteligência dos restantes candidatos de, antes ainda do fim da primeira volta, desistirem diante daquele que é o melhor posicionado”, sublinhou. O comentador da refletiu também sobre a questão internacional do momento, a crise grega. O comentador fez uma análise geopolítica do assunto considerou que “os americanos se atravessaram totalmente para o acordo na Grécia”. “Não digo que tenham mandado a Europa fazer, porque isso em diplomacia não funciona assim, mas lá que influenciaram…”, sublinhou. O comentador falou também este domingo sobre os resultados da 10ª Comissão Parlamentar ao caso de Camarate, considerando que “provavelmente será a última”. “De facto não houve muito de novo. Mas houve, apesar de tudo. A ideia de que a investigação, por razões várias, seguiu para o lado do acidente e isso acabou por desviar, atrasar… e quando seguiu a nível parlamentar o caminhou de atentado já tinha decorrido muito tempo”, considerou. A auditoria do Tribunal de Contas aos aumentos das contribuições para a ADSE também mereceu comentário de Marcelo Rebelo de Sousa. O comentador lembra que, já na altura em que os amentos foram anunciados, tinha comentado que lhe dava “a sensação vaga de que isto é um imposto”. “A resposta do Governo é de que isto é usado apenas na ADSE. Não podia dar outra resposta.” O professor considerou ainda que a auditoria do Tribunal de Contas deixa a ideia de que “afinal aquilo é gerido de tal maneira que fica ali uma almofada, que poderia não ter ficado, com benefício para os que descontam”.
O comentador da TVI Marcelo Rebelo de Sousa considerou este domingo, no habitual espaço do “Jornal das 8” que a “provável” candidatura de Rui Rio a Presidente da República não vai condicionar o avanço de outros candidatos.
“Rui Rio tem tudo preparado para avançar na primeira semana de setembro. (…) Acho, num lamento provável, que condicione a estratégia de outros potenciais candidatos. (…) Diria que, se há lógica na política, não estarão condicionados por quem quer que seja.”
Podem aparecer vários candidatos à Direita
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Sobre os possíveis candidatos de Esquerda, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “Maria de Belém tem hipóteses de vir a ser candidata”, ficando muito dependente dos resultados das Legislativas. “Se António Costa perder as eleições, fica em causa, por ventura, a liderança e pode haver, do lado segurista (…), movimentos para apoiar Maria de Belém”, adiantou.
“Pode acontecer que a coligação ganhe. É um cenário plausível, menos provável, mas plausível. E se assim for, o espaço de Maria de Belém alarga-se. De outra maneira, o espaço existe, mas é mais estreito.”
“Os americanos atravessaram-se totalmente para o acordo na Grécia”TVI
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O professor lembrou a importante posição geográfica da Grécia, “na fronteira com a Rússia (…) e colada à Turquia”, para justificar o interesse norte-americano em resolver a situação no país. Marcelo Rebelo de Sousa considerou ainda “espantoso (…) que as sondagens na Grécia dão-nos o Tsipras com maioria absoluta, com mais de 60%” e sublinhou que isso pode explicar uma “razão do acordo: é que não havia alternativa para o senhor Tsipras”.
Camarate e a venda de armas em Portugal
“Mas a parte mais importante foi o ter ficado claro que a venda de armas em Portugal era um tema candente no final da década de 70 e princípios da década de 80.”
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“É ainda relevante registar-se em ata oficial haver três pessoas vivas em Portugal que testemunharam terem participado num atentado.”
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