"O preço podia ser 10 milhões como podia ser, no fundo, um euro". É com estas palavras que Marcelo Rebelo de Sousa analisa o negócio da TAP, cuja privatização foi ganha por David Neelman, que fica com 61% da empresa.
488 milhões de euros"É só 10 milhões para não dizer que é um euro, que não é dado. Os 300 e tal ou 400 milhões é a capitalização. A TAP é praticamente dada"
Marcelo Rebelo de Sousa recordou que, de qualquer modo, "a decisão ainda não é definitiva". "É preciso haver uma série de identidades nacionais e estrangeiras a pronunciar-se" para o negócio ficar completamente fechado.
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"Gostaria de saber quais as garantias de que dispõe o Estado português relativamente ao cumprimento/incumprimento daquilo que lá se encontra, da dívida, dos mil e tal milhões", apelou ainda.
O negócio, em si, "não é uma boa decisão". "Não. Boa decisão teria sido noutro contexto. Mérito de Pires de Lima arranjar candidatos para além de Efromovich (...), mas uma terceira escolha nunca é uma boa decisão", uma vez que falharam as duas primeiras tentativas, no passado.
Coisas positivas, segundo o comentador: o consórcio que ganhou ser um grupo lusobrasileiro, encabeçado por "um prestigiado empresário rodoviário", Humberto Pedrosa, mas que, aqui, é individualmente considerado e não o seu grupo Barraqueiro.
Outros aspetos de relevo é que "é bom 30 anos de plataforma de base em Portugal e 10 anos de rotas e sede em Portugal".
Outros assuntos analisados pelo professor foram os últimos desenvolvimentos do caso Sócrates, com Marcelo Rebelo de Sousa a manifestar "dúvidas" quanto à medida de coação. Teve ainda tempo para comentar as condecorações do 10 de Junho, as sondagens eleitorais e as Presidenciais.
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