Marcelo Rebelo de Sousa considera que o primeiro-ministro tomou uma decisão “sensata” ao não se comprometer com uma decisão definitiva sobre as pensões e a Segurança Social, deixando espaço para um eventual acordo com o PS sobre a matéria.
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No seu comentário semanal no “Jornal das 8” da TVI, Rebelo de Sousa disse que de todos os que tentaram corrigir a “gafe” de Maria Luís Albuquerque, Passos Coelho foi quem esteve melhor, porque deixa margem para um futuro entendimento, já após as eleições.
“O centro-direita andou toda a semana a corrigir o erro [e] acho que a melhor correção, ironicamente, foi a de Passos Coelho. As primeiras foram Marco António [Costa] e Pedro Mota Soares (…), mas de todas a melhor foi a de Passos Coelho que, agora no fim da semana, veio corrigir dizendo: ‘Não avançamos com nenhuma proposta, porque é preciso acordo com o PS’. Acho que é uma coisa sensata, (…) porque se querem um acordo de regime com o PS (…) o melhor é não começarem às turras e 'picardias' durante a campanha eleitoral, tornando mais difícil o acordo a seguir”.
“O Governo tem 600 milhões de euros pendurados e não diz como os vai cobrir, o PS diz ‘quais 600 milhões? Arranjamos uma maneira muito melhor com a baixa da TSU, logo se vê se é só para patrões ou se também é para trabalhadores, e vamos buscar dinheiro a um fundo, sem fundo, para arranjar forma de financiar a Segurança Social’. Acho que o mais sensato é nenhum deles avançar muito longe na sua proposta, porque vai ser preciso um acordo de regime, que só vai ser possível depois das eleições”.
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"A única novidade, verdadeiramente, foi a forma rápida como os dois partidos vieram dizer ‘avance quem avançar nós [vamos esperar pelas] legislativas para dizer a nossa posição. [Isto] quer dizer duas coisas: primeiro, ‘ não queremos encavalitar presidenciais e legislativas’, e segundo, ‘vamos esperar pelo leque de potenciais candidatos no centro-direita, [porque] uma andorinha não faz a primavera [e] pode avançar um, e outro, e outro, depois de outubro, e depois veremos qual deles apoiamos’, acrescentou.
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