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“O ministro (da Educação) estragou tudo”

Comentadora da TVI Manuela Ferreira Leite diz que é inesperado que a “balbúrdia” no Governo tenha começado na Educação

Para Manuela Ferreira Leite, no sistema educativo não se podem tomar medidas no meio do ano que implicam com o funcionamento desse ano letivo. Sobre a opinião do ministro da Educação, que deixou claro que considerava os exames como algo de nocivo para a aprendizagem das próprias crianças, a comentadora preferiu não entrar nessa discussão por considerar que há opiniões para todos gostos na matéria. “Fui ministra da Educação, também alterei situações nessas áreas, mas não é isso que eu vou discutir. (…) Acho que o ministro da Educação nunca poderá dizer que há uma prova que é nociva para os alunos. (…) Eu acho que ele nem percebeu bem a palavra que utilizou porque “nocivo” quer dizer que os professores, os dirigentes, os políticos, os pais, as organizações escolares fazem mal aos alunos”, referiu. Manuela Ferreira Leite aproveitou também para dizer que considera despropositado o anúncio da greve dos sindicatos da Função Pública.

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Manuela Ferreira Leite discorda das alterações que o Governo está a implementar no ensino. No programa “Política Mesmo” da TVI24, a comentadora arrasou o ministro da Educação. Manuela Ferreira Leite afirmou que a "balbúrdia" está instalada e que Tiago Brandão Rodrigues "estragou tudo" ao acabar, por exemplo, com os exames do 4º ano em Portugal.  

“É verdadeiramente inesperado que a balburdia no Governo tenha começado pela Educação. (…) É inesperado porque achava que havia um mínimo de cuidado quando se mexesse na Educação. (…) Não há ministro que entre e que não introduza alterações: é nos programas, é nos horários, é nos exames. Todos os ministros têm feito, mas todos estão de acordo em que é necessário uma estabilidade mínima no sistema educativo (…)”, afirmou.

“Eu acho que o ministro interrompeu a meio do ano um processo que estava montado com outro objetivo. Portanto estragou tudo: estragou o anterior e estragou o futuro. E não se pode fazer assim de repente, sem falar com as pessoas, sem ponderar, sem analisar”, defendeu.

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Confrontada com a ideia de Tiago Brandão Rodrigues de que os exames estavam a destruir o que é suposto ser o sistema educativo, já que as escolas tinham deixado de ensinar e passaram a treinar os alunos para os exames, Manuela Ferreira Leite considerou que a ideia de acabar com a cultura da nota é “bastante criticável”.

“Em qualquer lado, a competir com outros para desempenhar determinado tipo de tarefa, se não há cultura da nota há, se calhar, a cultura da cunha, o que eu acho que não é suscetível de alguém defender”, concluiu.

No mesmo programa, Manuela Ferreira Leite criticou o aumento da carga horária das 35 para as 40 horas semanais impostas pelo anterior Governo do PSD/CDS-PP, mas explicou por que discorda também da forma como o atual Executivo PS quer reverter a medida.

"A realidade agora é outra, estava preparada para as 40 horas (...). A passagem (para as 35 horas) tem um ónus orçamental", explicou a comentadora.

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