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Governo ataca «uma classe que é o motor de qualquer sociedade»

Comentário de Constança Cunha e Sá na TVI24 sobre as declarações da Ministra das Finanças

Constança Cunha Sá considera que as declarações da Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, sobre o facto do Orçamento do Estado para 2015 sacrificar a classe média, confirmam a estratégia do governo de empobrecimento para o país.

«É triste que uma ministra confirme isto porque isto significa que este governo tem como única estratégia o empobrecimento do país. O Governo tem empurrado para a pobreza uma classe que é a espinha dorsal, o motor de qualquer sociedade», afirmou esta terça-feira na TVI24.

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A comentadora acrescentou que as medidas contra a classe média, onde se incluem o «agravamento de impostos, os cortes nas reformas e o próprio desemprego», acontece sem «salvaguardar os mais pobres», que assistem a cortes no abono de família e no rendimento social de inserção.

«A pobreza tem atingido níveis de selvajaria em Portugal. Os pobres não têm sido protegidos ao contrário do que a ministra diz», justificou Constança Cunha e Sá, citando um relatório recente da OCDE que indica que o número de portugueses que vivem no limiar da pobreza tem aumentado.

Constança Cunha e Sá criticou ainda o facto de Passos Coelho ter afirmado que o país estava a remar para um porto.

«Não estamos a chegar a um porto, mas a um poço. A troika veio cá dizer que fizemos o que nos mandaram, mas que correu tudo mal. […] Tudo isto nos aponta para um caminho sem saída, apesar de todos os sacrifícios que foram feitos», afirmou.

A comentadora foi mais longe, afirmando que Portugal se está a tornar numa espécie de «China europeia».

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«O primeiro-ministro reconhece que o emprego criado é trabalho precário e muitas vezes tratam-se apenas de estágios que retiram as pessoas das estatísticas. O Governo tem apostado numa sociedade de pobres onde a mão-de-obra é barata, uma espécie de China europeia», argumentou.

Sobre as taxas turísticas que vão ser implementadas em Lisboa, Constança Cunha e Sá admite que não tem uma opinião formada. No entanto, considera que o orçamento de Lisboa se tornou numa «arma central para este Governo» desde que António Costa passou a ser «um alvo a abater».

«O Governo desistiu de governar e entrámos em campanha eleitoral com o Governo a entrar em ataque direto a António Costa», afirmou.

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