A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) está surpreendida com o Orçamento de Estado para 2010, pela «encruzilhada de dificuldades» que continua a apresentar.
«Esperávamos mais rigor e contenção da dívida pública. Este Orçamento sabe-nos a pouco. Há duas mochilas que continuamos a carregar: a da dívida pública e a da dívida externa», defendeu o presidente António Saraiva.
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O vice-presidente Armindo Monteiro comparou o Governo a uma «má empresa, que tenta adiar a facturação para o ano seguinte».
De entre as propostas deixadas pela CIP para o Orçamento de Estado para 2010, contam-se o pagamento de dívidas atrasadas e cumprir os prazos de pagamento acordados; reduzir a burocracia; promover a competitividade e reduzir a carga fiscal, nomeadamente com a extinção do PEC (Pagamento Especial por Conta).
Na especialidade, destaque para a redução do prazo do reembolso do IVA para 30 dias, eliminação das garantias bancárias «desproporcionadas» e a extinção do imposto de selo.
«Se não tivermos sinais claros de um Orçamento de rigor, muito dificilmente conseguiremos sair deste quadro. O dinheiro está cada vez mais difícil e mais caro», desabafou António Saraiva.
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