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Presidente executivo da Portucel espera crescimento mais rápido

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O presidente executivo da Portucel disse que os investimentos da papeleira permitirão um crescimento mais rápido do que nos últimos anos.

Em declarações à agência «Lusa», José Honório sublinhou o projecto da nova fábrica de papel em Setúbal e a possível expansão internacional.

«A Portucel tem uma estratégia de crescimento e tem muitos projectos para desenvolver e vai claramente crescer muito mais depressa do que nos últimos anos», disse à margem da assinatura de um memorando de entendimento para a defesa da biodiversidade entre o Grupo Portucel Soporcel e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).

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O presidente executivo sublinhou que a Portucel tem «uma intenção muito clara» de passar a ser «uma empresa maior da que é hoje» e frisou estar a trabalhar nesse sentido.

O crescimento da empresa pode, segundo José Honório, ser concretizado através de uma «valorização e acrescentando maior valor àquilo» que faz em Portugal, e onde se insere o projecto da nova fábrica de papel a instalar em Setúbal, que terá uma capacidade nominal de 500 mil toneladas, correspondendo a um investimento estimado de cerca de 500 milhões de euros e contando com um apoio na ordem dos 37,95 milhões de euros.

«Trata-se de integrar a pasta de papel que produzimos hoje e que exportamos, ou seja, deixar de exportar a pasta, integrá-la num processo de maior valor acrescentando e exportar papel criando uma maior riqueza que fica em Portugal», frisou.

O presidente executivo da Portucel está ainda a ponderar «crescer fora de Portugal», salientando que a empresa tem «capacidade financeira e de gestão para o fazer».

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«Pensamos num projecto integrado para replicar fora aquilo que fazemos em Portugal. Para isso, é preciso pesquisar, visitar os países, fazer uma análise minuciosa de campo e concluir se temos condições de desenvolver um projecto com sucesso», explicou, adiantando que a Portucel está a olhar para todas as áreas onde existe eucalipto.

Contudo, frisou que esta indústria «é muito exigente» em recursos humanos, pelo que «é preciso perceber se há universidades e redes de investigação», uma vez que «a floresta é uma condição necessária mas não é suficiente».

«A condição necessária e suficiente é juntar a floresta a economia muito eficiente porque estes produtos são para exportação e competem no mercado global», salientou.

Questionado sobre se a valorização do euro pode afectar as exportações, José Honório considerou que «o problema do euro é grave», uma vez que beneficia as economias exportadoras que tenham a sua moeda denominada em dólares e logo pode atingir mais facilmente a Europa.

«Numa empresa como a nossa, que exporta 93 por cento da sua produção, dos quais dois por cento para os EUA e oitenta por cento para a Europa, se o euro continuar a apreciar-se relativamente ao dólar poderá haver produtores de outras zonas do globo que de repente criem competitividade para vir disputar mercados onde normalmente não viriam pelos custos que estão associados», explicou.

No entanto, José Honório diz que a empresa «está preparada, apostada num projecto de redução de custos, aumento de eficiência e de produtividade».

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