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PS nega acordo com Bragaparques

Semanário Independente envolve socialistas na polémica de corrupção

PS negou qualquer envolvimento com a polémica de corrupção que envolve a Câmara de Lisboa e a empresa Bragaparques, avança a Agência Lusa esta sexta-feira.

O líder da bancada municipal socialista de Lisboa, Miguel Coelho, negou a existência de qualquer negociação do PS com a empresa compradora dos terrenos da Feira Popular, a propósito de uma notícia do semanário O Independente.

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«O PS nega que esteja envolvido em qualquer acordo de negociação com a empresa Bragaparques», afirmou à Agência Lusa o deputado socialista Miguel Coelho, manifestando-se indignado com a notícia de O Independente, que disse conter acusações «graves».

Sob o título «O PS já está», O Independente noticia que o sócio e administrador da Bragaparques Domingos Névoa garantiu que os vereadores socialistas em Lisboa não seriam um obstáculo ao negócio que envolve a venda dos terrenos da antiga Feira Popular.

O empresário da Bragaparques é acusado de oferecer uma quantia em dinheiro (200 mil euros) a José Sá Fernandes para que este retirasse a acção judicial que interpôs contra o negócio feito entre a autarquia e a empresa relativo aos terrenos.

O advogado Ricardo Sá Fernandes, irmão do vereador José Sá Fernandes, terá servido de «agente económico» numa operação dirigida pela PJ. Numa das transcrições das conversas, noticia o semanário Independente, o empresário garante que José Sá Fernandes não teria de se preocupar com futuras tomadas de posição dos socialistas em relação ao negócio que envolve a venda dos terrenos da antiga Feira Popular. O sócio da Bragaparques terá avançado com o exemplo de outro negócio imobiliário da Câmara de Lisboa: «Você não vê o que aconteceu no Vale de Santo António?», perguntou Névoa durante a conversa gravada.

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Em Novembro do ano passado dois vereadores do PS na Câmara de Lisboa viabilizaram o projecto para o Vale de Santo António, em Chelas, da responsabilidade da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL), ao absterem-se quanto às propostas da oposição que visavam suspender a venda.

Miguel Coelho diz-se tranquilo quanto à actuação do PS neste processo e considera «absurdo» estabelecer uma ligação entre o projecto Vale de Santo António e a permuta de terrenos da Feira Popular com terrenos do Parque Mayer entre a Câmara e a BragaParques.

«O PS está completamente à vontade. A conexão com o Vale de Santo António é absurda», sublinhou Miguel Coelho.

«Os deputados abstiveram-se cientes de que não havia nenhuma ilegalidade em todo este processo», assegurou.

Em comunicado, a vereação do PS na câmara relembra que «na devida altura» manifestou o seu «mais categórico repúdio pela alegada tentativa de corrupção» do vereador José Sá Fernandes, tendo, insistido que «importava esclarecer este caso tão rápida e completamente quanto possível».

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