Neil H. Rodreick II tem 29 anos, mede 1,73m, e esteve preso durante sete anos por ter tentado molestar sexualmente uma criança. Mas, mesmo assim, conseguiu fazer-se passar por um adolescente de 12 anos e matricular-se em várias escolas do estado norte-americano do Arizona, sob um nome falso.
A «farsa» terminou com a detenção de Rodreick e de mais três homens, com quem vivia, que dizia serem seus familiares. Todos eles têm no registo criminal um passado marcado por crimes de pedofilia. Desta vez foram acusados de falsificação de identidade e fraude.
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As autoridades conseguiram apurar que o indivíduo frequentou quatro estabelecimentos de ensino, antes do ter sido detido. Foi identificado quando tentava juntar uma nova matrícula ao seu currículo e levantou suspeitas aos responsáveis escolares, em meados de Janeiro.
Segundo relata o jornal norte-americano New York Times, Rodreick conseguiu enganar toda a gente através do recurso a muita maquilhagem e rapando todos os pêlos do corpo.
Na comunidade do norte da cidade de Phoenix, onde vivia, os seus vizinhos pensavam que Casey Price (o nome atrás do qual se camuflou) era um adolescente em efervescente puberdade que vivia com o avô, um tio e um primo e que gostava de andar de bicicleta e skate. Mas a realidade era bem diferente.
Os quatro homens eram todos cadastrados, por terem cometido crimes de natureza sexual contra crianças. No computador pessoal de Rodreick foi encontrado material pornográfico infantil.
Sabe-se agora que o homem de 29 anos está a ser investigado em três estados norte-americanos e que em 1996, quando tinha 18, foi condenado a 10 anos de prisão - dos quais cumpriu 7 - por ter feito propostas sexuais a uma criança de 6 anos.
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Rodreick conheceu dois dos homens com quem vivia através da Internet. Um tinha 61 anos, e fez-se passar por seu avô, e o outro tinha 43, e dizia ser seu tio. Quanto ao terceiro indivíduo, de 34 anos, Rodreick estabeleceu contacto com ele durante o tempo que esteve na prisão.
O julgamento inicia-se no final deste mês. Os advogados de defesa já disseram que os seus clientes vão invocar inocência.
Uma tia de Rodreick, com quem viveu depois de ter saído da prisão, em 2002, disse que o seu sobrinho foi abusado sexualmente por vizinhos, quando era crinça.
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