A criança encontrada na segunda-feira em Valongo, depois de ter estado raptada durante mais de um ano, deverá ser devolvida aos pais já amanhã, reconheceu a Polícia Judiciária.
«A criança deve ser entregue quarta-feira aos pais» adiantou o director nacional adjunto da PJ, Vítor Guimarães, em conferência de imprensa realizada no Porto. Reiterando que os testes de ADN «confirmaram» que se travava de bebé que desapareceu do Hospital de Penafiel, não quis responder directamente a algumas questões pertinentes, apesar de «desejar felicidades à família».
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Fonte ligada à investigação disse ao PortugalDiário que o companheiro da arguida já foi ouvido pela PJ, nada levando a crer que soubesse do rapto. A PJ quer ainda ouvir o médico que terá consultado o bebé duas vezes durante o último ano.
Segundo a PJ, os fotogramas da principal suspeita, tornados públicos através dos media, foram «decisivos» para esclarecer os factos, mas foi pouco explícito sobre o tempo que as autoridades levaram a tomar uma decisão sobre essa divulgação: «A divulgação da imagem de uma pessoa é sempre a última medida porque podemos estar a criar suspeitas infundadas».
No entendimento de Vítor Guimarães este processo teve um final feliz, depois de uma investigação «complicada», em que a Polícia Judiciária teve de conferir todos os pormenores para chegar a uma solução. «Estávamos a verificar todas as situações que pudessem revelar um registo de nascimento menos adequado, que nos pudesse mostrar alguma ponta solta. A criança ainda não estava registada. Era uma situação que não se podia manter por muito mais tempo, ela não podia continuar na clandestinidade», contou.
Apesar de a menina ter aparecido, o caso não fica por aqui: «A investigação ainda não acabou, queremos esclarecer tudo. As coisas são demasiado surpreendentes».
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