O presidente do Instituto de Segurança Social garantiu que a família da bebé raptada há cerca de um ano, em Penafiel, e que esta quarta-feira regressa a casa, será acompanhada e apoiada pela Segurança Social, refere a Lusa.
Trata-se de uma família carenciada, já beneficiária do Rendimento Social de Inserção, cuja situação será agora reanalisada para decidir um eventual reforço desse apoio, disse Edmundo Martinho.
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«Também nos cabe ajudar a criar as condições para contribuir para o bem-estar desta criança», sublinhou, garantindo que os técnicos da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Lousada estarão atentos a «todos os sinais» que ponham em risco a segurança da bebé.
Edmundo Martinho considerou que «o processo ganharia» se a entrega da criança fosse gradual e não imediata como decidiu o tribunal de Penafiel, mas disse que não irá contestar a decisão.
«O ideal era que houvesse um período de adaptação para a criança e tempo para os técnicos prepararem melhor este regresso», frisou.
Entretanto, e de acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, a técnica social da comissão de protecção de menores de Lousada que acompanha o caso esteve esta manhã no Tribunal de Lousada numa diligência relacionada com a menor.
Entrega feita «de forma reservada»
Questionado sobre a situação das duas filhas (de um primeiro casamento) da alegada raptora, o presidente do Instituto de Segurança Social disse que estão a ser acompanhadas pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Valongo.
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«Está a ser feito tudo para as ajudar a ultrapassar esta fase difícil», afirmou, referindo que as duas meninas foram acolhidas por familiares.
Andreia Elizabete, a bebé levada do Hospital Padre Américo, em Penafiel, há mais de um ano, com apenas três dias de vida, deverá ser hoje entregue aos pais, depois dos testes genéticos terem confirmado a sua identidade.
O presidente do Instituto da Segurança Social disse desconhecer a hora e o local da entrega da bebé aos pais, mas referiu que a ordem do tribunal deverá ser cumprida de «forma reservada».
A mulher que alegadamente levou Andreia Elizabete do Hospital Padre Américo, em Penafiel, foi acusada de sequestro pelo tribunal de Penafiel, que decretou a sua prisão preventiva, encontrando-se actualmente na ala feminina da Cadeia de Santa Cruz do Bispo, Matosinhos, onde vai aguardar o julgamento.
Os pais de Andreia Elizabete, Isaura Pinto e Albino Pinto, têm mais seis filhos, com idades entre os 17 e os 4 anos. A rapariga mais velha vive com a avó, três vivem com o casal numa modesta casa de Cernadelo, Lousada, e duas meninas, de 9 e 10 anos, estão à guarda de uma família de acolhimento por ordem do tribunal de Lousada.
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