Um sacerdote, que celebrava quarta-feira (quinta-feira de madrugada em Lisboa) uma missa de defuntos para trezentos fiéis, numa igreja em Pisco que ruiu devido a um sismo, foi hoje encontrado incólume, enquanto um grupo especial de polícia começou a procurar seiscentos presos que, aproveitando a catástrofe, fugiram.
O padre José Torres, contou o comandante dos bombeiros, Roberto Ognio, foi encontrado sob os escombros de adobe, «são e salvo, numa espécie de caverna que se formou com uma parte do tecto que ruiu».
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«Está apenas um pouco nervoso», adiantou o comandante, explicando que uma dezena de bombeiros e cães participam na busca de vítimas soterradas pelos escombros no local.
O sismo de quinta-feira atingiu os oito graus da Escala de Richter e fez quinhentos mortos e 1.500 feridos.
Hoje, um novo sismo de 4,1 graus foi sentido no Distrito de Piura, que faz fronteira com o Equador, o que causou o pânico da população mas não há conhecimento de vítimas.
Entretanto, a polícia procura hoje seiscentos presos qe fugiram da Cadeia de Chincha, no Sul do país.
«A polícia tem ordens para os capturar, mortos ou vivos, porque se trata de delinquentes muito perigosos», disse o general Eduardo Montero, chefe da polícia local, precisando que entre os evadidos há traficantes de drogas e violadores.
Contudo, um dos evadidos que regressou à cadeia, Humberto Chavez, disse aos jornalistas que os presos fugiram porque «a água do mar começou a subir até aos joelhos» e eles recearam afogar-se.
Chavez que é acusado de assassínio mas que diz ter regressado porque está inocente, adiantou que aproveitou a saída para verificar se a família estava sã e salva.
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