O Presidente da República afirmou que o País não pode parar o esforço de modernização mas disse que, neste momento, deve ser dada uma atenção particular às pessoas que estão a ser prejudicadas pela crise económica.
De acordo com a agência «Lusa», foi desta forma que Cavaco Silva comentou os números do crescimento económico revelados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística para o crescimento da economia portuguesa no primeiro trimestre.
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«São números desfavoráveis, eu sempre disse que seria muito difícil a Portugal escapar aos efeitos negativos da crise financeira internacional», disse o Chefe de Estado.
Segundo o INE, a economia portuguesa abrandou no primeiro trimestre de 2008 apresentando um crescimento real de 0,9 por cento em termos homólogos, menos nove décimas que o valor apurado no trimestre anterior.
Esforço de modernização é para continuar
«Neste momento a atenção tem que vir de forma particular para aqueles que são prejudicados, que são atingidos pela crise, em particular os que perdem o seu emprego e aqueles que têm mais dificuldade para, face ao aumento dos preços dos produtos alimentares, assegurarem uma alimentação condigna», afirmou Cavaco Silva.
«Não digo que a situação seja de emergência mas penso que é preciso um olhar muito particular para aqueles que na nossa sociedade estão a ser atingidos de forma particular por esta crise económica que, vindo do exterior também nos está a atingir», frisou o Presidente da República.
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Cavaco Silva referiu as subidas das taxas de juro, a subida do preço do petróleo, subida dos preço dos cereais, o abrandamento das economias europeias defendendo que apesar da crise o país não pode parar o esforço de modernização.
«Não podemos parar o esforço de modernização da economia portuguesa para podermos enfrentar a concorrência dos outros países que é muito forte», sublinhou.
Para o Presidente da República a existência de «alguma alteração estrutural» que «tem vindo a ocorrer na economia portuguesa» poderá dar-lhe «um pouco mais de resistência face aos efeitos negativos da crise financeira».
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