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OCDE revê em baixa crescimento da Zona Euro

Alemanha continua a ser motor que consegue dar mais corda à economia da região que partilha a moeda única

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê que a região da moeda única contraia 0,1% este ano.

A Alemanha, motor da economia europeia, deverá continuar um caminho de retoma, apesar da debilidade na Zona Euro como um todo, graças a um aumento da confiança e da procura interna.

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Um forte desempenho do mercado de trabalho, condições de financiamento favoráveis e reduzida necessidade de «desalavancagem» na Alemanha contribuirão para uma retoma do consumo privado e aumento do investimento no segundo semestre deste ano e em 2013, cita a Lusa.

Ao mesmo tempo, a esperada recuperação do comércio mundial deverá aumentar a confiança das empresas, mitigando os efeitos, na Alemanha, da crise no resto do espaço do euro.

Até a nível do desemprego, que continua a sua escalada na Zona Euro, a Alemanha contraria a tendência, tendo alcançado valores mínimos históricos, com o mercado de trabalho a dar mostras de robustez, fruto das reformas levadas a cabo no passado nesta área.

A consolidação orçamental também prossegue a bom ritmo, tendo a situação melhorado substancialmente já no ano passado, com uma queda do défice de 4,3% por PIB em 2010 para 1% em 2011, sendo de esperar que seja ainda mais reduzido, para 0,6%, em 2013.

Por fim, a OCDE considera que os riscos em torno destas projeções continuam elevados, mas são agora muito mais equilibrados e prendem-se quase exclusivamente com os desenvolvimentos externos, designadamente num cenário de aumento do stress na Zona Euro ou aumento dos preços do petróleo.

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Quanto a França, terá um crescimento «modesto» este ano, acompanhado por uma subida do desemprego. Ainda assim, a meta de 3% de défice em 2013 pode ser alcançada, segundo a OCDE.

A expansão do PIB será de 0,6% este ano, depois de uma estagnação no primeiro semestre. A estimativa de crescimento para 2013 é de 1,2%.

O documento prevê uma subida do desemprego no início de 2013, até aos 10,5%. A taxa pode «descer lentamente» ao longo do ano.

Já a taxa de inflação deve recuar para menos de 2% em 2013.

O relatório recomenda uma redução dos gastos públicos, acompanhada de «reformas profundas», quer através de medidas de incentivo ao crescimento, como a alteração da estrutura fiscal, quer através de mudanças no mercado de trabalho, na educação e no mercado de bens.

O país dá «sinais de confiança» à economia. Mas «dada a continuada deterioração das finanças públicas francesas», não há «margem para que sejam tomadas medidas de apoio ao crescimento sem que haja risco de aumentar os custos de financiamento».

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Por isso, a OCDE sugere «melhorar o quadro fiscal, através de regras reforçadas, e criar um conselho fiscal independente daria os sinais certos».

Existe uma «ampla margem» para reajustar a estrutura tributária francesa, de forma a reduzir os impostos sobre o trabalho e eliminar gastos fiscais «ineficientes». A Organização propõe que se aumentem os impostos sobre a propriedade e as heranças e a tributação com incidência ambiental.

Reino Unido: que previsões?

Já a economia britânica, que está fora do euro, está a ser travada pela crise global, principalmente visível precisamente na região que partilha a moeda única.

Ainda assim, deverá acelerar no segundo semestre, beneficiando do aumento do consumo, sustentado pela subida real dos ordenados graças à descida da inflação, e do reforço nas exportações.

No entanto, «o desemprego continuará a aumentar durante o período projetado, devido ao corte de postos de trabalho na administração pública e fraco crescimento da economia», subindo para 8,6% este ano e 9% no próximo.

Assim, a OCDE prevê um crescimento do PIB britâncio de 0,5% em 2012 e de 1,9% no ano seguinte.

Sobre o défice, que prevê que descerá para 7,7% este ano e para 6,6% em 2013, a OCDE admite que «a consolidação orçamental é uma barreira ao crescimento».

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