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Carolina: advogado quer processo disciplinar

Lourenço Pinto pede à Ordem que avalie o seu comportamento

O advogado Lourenço Pinto, um dos visados no livro da ex-companheira do presidente do FC Porto, solicitou à Ordem dos Advogados que o comportamento que lhe foi imputado por Carolina Salgado seja avaliado em processo disciplinar, escreve a Lusa.

João Perry da Câmara, vice-presidente da Ordem dos Advogados (OA) e membro do Conselho Geral, adiantou à agência que na sequência da publicação do livro «Eu, Carolina», Lourenço Pinto requereu, através do Conselho Distrital do Porto, «que o comportamento que lhe foi imputado pela autora do livro fosse avaliado em processo disciplinar».

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Lourenço Pinto, que chegou a ser defensor do major Valentim Loureiro e do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, na fase inicial das investigações do processo Apito Dourado, pretende com esta iniciativa que a Ordem dos Advogados «averigue se ele praticou ou não os actos que lhe são imputados pela autora do livro e se há matéria disciplinar daí decorrente».

Segundo João Perry da Câmara, o caso será avaliado pelo Conselho de Deontologia do Porto, presidido por António Salazar.

Aquando da publicação do livro, as revelações de Carolina Salgado suscitaram leituras diferentes na Ordem dos Advogados, com António Salazar a considerar não existirem razões para instaurar um processo disciplinar a Lourenço Pinto e o bastonário Rogério Alves a defender que se devia proceder a uma avaliação do conteúdo de modo a determinar se havia matéria disciplinar.

«Parabéns minha querida, mas ele ficou a falar»

No livro, Carolina Salgado acusa Pinto da Costa de ter mandado dar uma «sova» em Ricardo Bexiga, vereador da Câmara Municipal de Gondomar, que, alegadamente, foi quem deu origem ao caso «Apito Dourado».

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A autora refere que Pinto da Costa lhe pediu «para falar com as pessoas» e que foi «o veículo de transmissão», tendo pago cerca de 10.000 euros pelo serviço.

As agressões a Ricardo Bexiga aconteceram a 25 de Janeiro de 2005 e, um dia depois, Carolina Salgado ter-se-á deslocado ao escritório de Lourenço Pinto, tendo ficado chocada quando percebeu que o objectivo não era uma simples coça.

«Fiquei chocada. Quando lá cheguei o doutor Lourenço Pinto disse: parabéns minha querida, mas ele ficou a falar», escreve no livro.

A publicação refere ainda que o presidente do FC Porto terá sido avisado das buscas a sua casa por Lourenço Pinto, tendo então sido delineado um plano para tirar Pinto da Costa do país, que envolveu a própria mãe de Carolina Salgado.

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