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Açores: 165 casos de carência grave de habitação

Situações mais graves registam-se nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial

O Observatório Sócio-Habitacional dos Açores, uma estrutura técnica de apoio e planeamento criada em 2006, detectou um total de 165 casos de «carência habitacional grave» no arquipélago, anunciou hoje o director regional da Habitação.

O responsável, José Olivério da Ponte, adiantou à Lusa que, dos 165 casos detectados nos primeiros oito meses de trabalho do observatório, já foram resolvidas 25 situações, que envolviam famílias a viver em extrema pobreza e com pessoas deficientes a seu cargo.

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As respostas para as restantes 140 situações sinalizadas, por não serem consideradas casos urgentes, vão demorar mais algum tempo, reconheceu José Olivério da Ponte, que prevê solucionar 40 destes casos antes do Verão.

«As carências habitacionais têm sido detectadas um pouco por todas as ilhas», afirmou o director regional do sector, indicando que é porém nos núcleos urbanos das ilhas de São Miguel, Terceira e Faial onde as situações são mais relevantes.

Segundo explicou, o governo açoriano está a construir habitação social em várias ilhas e à procura de casas para adquirir, como forma de poder atender às diferentes necessidades habitacionais dos agregados familiares mais carenciados.

«As pessoas a viver em regime de arrendamento podem esperar mais algum tempo do que outros casos tidos como urgentes», afirmou o director regional da Habitação, para quem são «urgentes» os casos de pessoas a viver em casas super lotadas ou sem condições mínimas de habitabilidade.

O tempo da resposta dado a cada caso depende muito da existência ou não da tipologia de habitação adequada às necessidades do agregado familiar em causa, explicou.

«Os casos urgentes são resolvidos no próprio dia e as restantes situações podem demorar um mês ou mais tempo» disse José Olivério da Ponte, acrescentando que o Observatório tem contemplado principalmente idosos e agregados familiares com carências económicas, que, por si só, são incapazes de resolver os problemas habitacionais.

O Observatório Sócio-Habitacional foi criado pelo Governo Regional para funcionar de forma «pró-activa» na detecção, informação e apresentação de propostas de resolução das carências habitacionais graves que existem no arquipélago.

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