Uma lista afixada na esquadra de Maidstone, em Kent, Inglaterra, gerou controvérsia. O objetivo era dar exemplos de situações “não urgentes”, que poderiam ser denunciadas através de um formulário online, mas o que foi colocado na lista chocou quem a leu. Entre os crimes enumerados estavam violação/agressão sexual, violência doméstica, crimes de ódio e pessoas desaparecidas.
Segundo as autoridades, a lista fazia parte da campanha Click B4 U Call, que pretende incentivar o cidadão a usar o formulário online, sempre que isso seja adequado, libertando assim as linhas de emergência para outros casos.
PUB
De acordo com a BBC, Catherine Smith, diretora-executiva do Partido para a Igualdade das Mulheres, disse estar preocupada com a mensagem que o cartaz passou para as mulheres vítimas dos crimes de violação e violência de género.
"É necessário haver alguém a falar com as pessoas que passam por esse tipo de situações", disse a feminista. “Isto demonstra que a polícia não está a dar prioridade a esse crime e passa a mensagem às mulheres de que, aquilo que lhes aconteceu, não é grave”, acrescentou.
O comissário da polícia de Kent, Matthew Scott, descreveu a informação como “completamente errada e totalmente inapropriada”, realçando que nunca deveria ter sido afixada e que foi devidamente retirada.
This poster was completely wrong and totally inappropriate. It should never have been put up and was rightly taken down. Rape and domestic abuse have never been a “non-emergency.” I will always ensure they are treated with the seriousness they deserve. https://t.co/wrbJxlbrq2
— Matthew Scott (@matthewinkent) March 22, 2023
A superintendente-chefe, Emma Banks, garante que a polícia de Kent leva as investigações de violência doméstica e de violação “extremamente a sério”. “Todas as denúncias de violação ou agressão sexual, feitas seja por qual for o canal, são analisadas por um detetive e, em última análise, supervisionadas por um oficial sénior como parte de um processo de revisão minucioso com o objetivo de garantir justiça e apoio a todas as vítimas”, sublinhou.
PUB