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Parlamento recua no IVA dos partidos

Diploma sobre financiamento dos partidos já tem luz verde, após veto pelo Presidente da República há dois meses

Já há fumo branco sobre as alterações ao diploma sobre o financiamento dos partidos, vetado pelo Presidente da República há dois meses.

O decreto global, aprovado esta manhã no Parlamento, contou com os votos favoráveis do PSD, PS, BE e PCP. Já o CDS-PP e PAN votaram contra as alterações introduzidas. E dois deputados do PS, Paulo Trigo Pereira e Helena Roseta abstiveram-se. Assim, dos 212 deputados presentes, 192 votaram a favor o novo decreto, agora com as alterações introduzidas pelos partidos.

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Cai por terra a isenção total de IVA para os partidos, como exigiu o PSD, mantendo-se a lei que estava em vigor. Contas feitas, o novo decreto é totalmente igual aquele que foi enviado para Belém, exceto na questão do IVA. 

O CDS-PP e o PAN ficaram isolados, quando insistiram em manter os limites para as iniciativas de angariações de fundos, mas acabaram por não ser bem-sucedidos. É que o novo diploma continua a ter a norma transitória e o fim do limite da angariação de fundos pelos partidos.

O diploma aprovado passa ainda a permitir que os partidos possam utilizar gratuitamente espaços municipais e de outras entidades públicas e de Solidariedade Social para as suas atividades partidárias sem pagar. Até agora, a Entidade de Contas e sucessivos acórdãos do Tribunal Constitucional têm considerado que aquelas utilizações gratuitas são financiamentos ilegais.

Quanto às alterações ao modelo de fiscalização das contas, não foram apresentadas propostas. Segundo o diploma, a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos passa a ter a competência para analisar os processos e aplicar eventuais coimas, cabendo recurso, com efeitos suspensivos, para o Tribunal Constitucional.

O decreto avança agora, novamente, para Belém. Como é um novo decreto, o Presidente da República não é obrigado a promulgá-lo. Resta saber que decisão tomará Marcelo Rebelo de Sousa.

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