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Sampaio da Nóvoa diz que vai ser o Presidente da Constituição

Candidato presidencial diz que "temos mesmo de nos mobilizar em torno de uma candidatura independente, capaz de defender a Constituição e os seus valores"

Sampaio da Nóvoa falava em Lisboa, num jantar-comício tido numa escola nos Olivais. O antigo secretário-geral da central sindical CGTP Manuel Carvalho da Silva declarou ter confiança no candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa para exercer o cargo de chefe de Estado, participando num jantar-comício de apoio à candidatura. Carvalho da Silva aproveitou também para deixar críticas ao atual Presidente, Cavaco Silva, "homem que não foi às comemorações do 05 de outubro porque precisava de refletir" - lembrou perante apupos dos presentes - e que está nesta fase política "a prevalecer a dinâmica da direita que quer provocar "crispação e instabilidade" no país. Antes, Ana Catarina Mendes, deputada e uma das vice-presidentes da bancada do PS no parlamento, demonstrou também o seu apoio à candidatura de Sampaio da Nóvoa nesta "longa caminhada".

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O candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa lembrou este sábado as últimas semanas da política nacional para sublinhar o papel do Presidente da República e prometeu, caso seja eleito, ser o chefe de Estado da Constituição e da cidadania.

"Agora é que temos mesmo de nos mobilizar em torno de uma candidatura independente, capaz de defender a Constituição e os seus valores. Prometo-vos, a todos aqui presentes, que serei o Presidente da Constituição. É um compromisso, definitivo, que assumo perante os portugueses".

As presidenciais, assinalou, "são o único ato eleitoral unipessoal" do sistema político português e "num momento decisivo" para futuro de Portugal, "no qual o papel do Presidente da República é determinante, cada candidato deve mostrar, pelo exemplo concreto, o que faria como Presidente", defende.

"Há quem queira agradar a gregos e troianos, tentando equilibrar-se numa corda bamba que nunca se sabe para que lado vai pender. Falou e falou ao longo dos anos, deu notas e conselhos, antecipou cenários, e agora limita-se a dizer: ‘É preciso esperar para ver’. Esperar, o quê?! Quando já tanto se sabe, trata-se, não de esperar, mas de decidir com coerência e imparcialidade", disse, sem nunca referir o nome de outros candidatos a Belém, nomeadamente Marcelo Rebelo de Sousa.

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António Sampaio da Nóvoa lembrou a sua intervenção em 2012 no dia de Portugal, um momento que muitos recordam como emblemático, e onde o docente e antigo reitor falou por exemplo das fraturas entre gerações, empregados e desempregados ou trabalhadores públicos e privados.

Esta conflitualidade, adverte, "está, agora, também na política, porque se puseram em causa, nos últimos anos, as bases que sustentam as sociedades democráticas, com a destruição da classe média, com a erosão de um centro moderado e equilibrador".

Nesse sentido, prosseguiu, um governo de gestão, "durante longos meses e sem orçamento, é inconstitucional" e pode "arrastar perigos graves de degradação da democracia".

"É preciso dar posse a um Governo de maioria parlamentar", frisou o candidato, que aproveitou também para criticar o que chamou de "manobras de diversão inaceitáveis como a recente proposta de revisão instantânea da Constituição" da parte do líder do PSD, Pedro Passos Coelho.

"Tenho como profissão o ensino, e como obrigação a cidadania. Os portugueses contam comigo, com isenção, com imparcialidade, para agir pelo bem comum, e não por interesses particulares. É esse o meu compromisso, é com esse compromisso que serei um Presidente de todos, com todos, um Presidente da cidadania", realçou Sampaio da Nóvoa.

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No começo do jantar foi feito pelos presentes - mais de 700 - um minuto de silêncio em memória das vítimas dos atentados de sexta-feira em Paris.

"Há muitas maneiras de começar um convívio, mas hoje só havia uma: o silêncio. O silêncio que nos junta, solidários, contra a barbárie", assinalou Sampaio da Nóvoa.

Em dias assim, "desgraçados", cada cidadão "deve assumir a sua própria responsabilidade, pela liberdade de todos".

"Em dias assim, temos de nos manter vigilantes contra todos os extremismos. A nossa resposta tem de ser mais democracia, mais direitos fundamentais, mais Estado de Direito", prosseguiu o candidato.  

Ex-líder da CGTP manifesta confiança em Sampaio da Nóvoa

"Tem a minha confiança e julgo que tem a confiança dos portugueses para lhe entregarem a tarefa de ser Presidente da República. Vamos a isto porque é possível termos um grande êxito".

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"O Presidente está a dar cobertura a esse jogo, se é que não é um dos atores principais".





"Homem culto, conhecedor da Europa e do mundo e crente num Estado Social forte", o antigo reitor, acredita a socialista, "tem todas as condições para ser o próximo Presidente da República, o presidente que Portugal precisa".

E, dirigindo-se a Sampaio da Nóvoa, declarou: "O senhor é o meu candidato porque acredito que é o que melhor representa uma sociedade aberta, cosmopolita".

Presentes no evento de hoje estiveram ainda outras figuras da área socialista, casos de Edite Estrela, Gabriela Canavilhas, Paulo Pedroso ou o histórico Edmundo Pedro, o fundador do Partido Livre (força política que apoia formalmente Sampaio da Nóvoa), Rui Tavares, o capitão de Abril Vasco Lourenço ou o músico Júlio Pereira.

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