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Autárquicas: Ministério Público investiga suspeita de fraude eleitoral na Maia

Queixa partiu da candidatura integrada pelo PS que perdeu as eleições por pouco mais de dois mil votos. Comissão Nacional de Eleições remeteu caso para o Ministério Público

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito ao caso da suspeita de fraude eleitoral na Maia, distrito do Porto, depois de uma participação feita pela coligação PS/Juntos Pelo Povo, candidata aos órgãos autárquicos nas últimas eleições.

Segundo uma resposta enviada à Lusa pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foi aberto um inquérito “onde estão em investigação" esses factos.

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Após as autárquicas, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) decidiu remeter ao MP a participação da coligação PS/Juntos Pelo Povo que contestava o ato eleitoral alegando "fraude nas eleições".

De acordo com uma ata com data de 24 de outubro, à qual a Lusa teve acesso, a "Participação da Coligação PS/JPP por fraude nas eleições no concelho da Maia" foi apreciada, tendo a CNE deliberado, por maioria e com uma abstenção, "remeter a participação aos serviços competentes do MP, para junção aos autos que aí correm termos".

A coligação PS/JPP perdeu as eleições autárquicas por 2.140 votos, obtendo 36,63% e elegendo cinco mandatos. A coligação PSD/CDS-PP, liderada por Silva Tiago, atual vice-presidente da Câmara da Maia, venceu as autárquicas com maioria, obtendo 39,95% e elegendo seis mandatos.

Na altura, em declarações à Lusa, o candidato do PS/JPP considerou que "a Comissão, como órgão máximo, ao ter enviado ao MP o processo vem confirmar as suspeitas".

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Podemos estar perante uma fraude nunca antes vista", disse Francisco Viera de Carvalho - filho do antigo presidente da Maia, Vieira de Carvalho, do PSD - acrescentando o desejo de que "o processo corra de forma célere".

Naquela altura, também contactada a candidatura presidida por Silva Tiago, presidente da câmara eleito e visado na participação, esta referiu que "Portugal é um país de primeiro mundo onde as eleições são um assunto sério e que são auditadas e certificadas por entidades reguladoras e acreditadas para o efeito".

Os resultados das eleições passaram pela Assembleia Geral de Eleições que é presidida por um juiz e pelo Tribunal Constitucional", respondeu a candidatura "Maia em primeiro".

Já antes a coligação "Um Novo Começo", encabeçada pelo independente Francisco Vieira de Carvalho e apoiada pelo PS e pelo JPP, recorreu ao Tribunal Constitucional (TC) depois do tribunal local não ter dado provimento ao requerimento de reclamação/impugnação do ato eleitoral, no qual solicitava que as mesmas não fossem consideradas válidas.

No entanto, o TC decidiu "negar provimento ao recurso" que pedia a recontagem dos votos.

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