A Junta Metropolitana do Porto (JMP) assumiu esta quinta-feira que a maior divergência que mantém com o governo sobre o futuro do metro do Porto é a relativa ao timing de expansão da rede, noticia a Lusa.
O Governo pretende lançar as obras apenas em 2009, num único concurso público e a JMP, apoiada em estudos da própria empresa Metro do Porto, entende que a expansão pode ser feita faseadamente, a começar já este ano, conforme sublinha numa contraproposta aprovada esta terça-feira, por unanimidade.
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«Esta é a questão que mais nos separa», admitiu o presidente da JMP, Rui Rio, no final de uma reunião da estrutura que congrega 14 municípios do Grande Porto.
Ainda assim, Rui Rio admitiu alguma dilatação nos prazos que a JMP propõe para expansão da rede, após nova consulta à Metro do Porto, e «caso se confirme que os prazos são muito ambiciosos».
A contraproposta dos autarcas - que contempla também soluções para o modelo de gestão e financiamento - surge na sequência de uma reunião, que mantiveram no passado mês com o ministro das Obras Públicas.
Durante esse encontro, Mário Lino questionou o actual modelo de gestão e apresentou um novo calendário de obras.
Além de remeter a expansão da rede para 2009, o Governo quer passar a controlar a empresa, actualmente detida em 60 por cento pela JMP.
A contraproposta agora aprovada vai ser debatida em reunião da JMP com o ministro das Obras Públicas, a realizar na próxima terça-feira, no Porto, confirmou o autarca.
Rio não divulgou detalhes do documento, «para que o Governo a não conheça pelos jornais», mas os estudos que apoiaram a contraproposta da JMP sustentam que a expansão poderia começar já em Novembro com a linha de Gondomar.
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