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O Presidente da República voltou a apelar, no discurso da sessão solene do 25 de Abril, no Parlamento, aos “compromissos” entre partidos, agora que se aproximam as eleições legislativas e presidenciais.
Segundo Cavaco Silva, disso depende a “credibilização das instituições e dos seus protagonistas”.
“Os agentes políticos têm de compreender, de uma vez por todas, a necessidade dos compromissos interpartidários, intrínseca no nosso sistema político. Os portugueses não se reveem num conflito de crispação e que coloca os interesses partidários acima dos interesses nacionais. Os portugueses estão cansados da conflitualidade política em torno de questões acessórias.”
“Apelo aos deputados desta legislatura e da próxima a que contribuam para a elevação do debate público e para a qualidade da democracia. Só o diálogo e o consenso permitem alcançar os compromissos imprescindíveis para alcançar a estabilidade necessária."
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O discurso foi interrompido várias vezes pelos aplausos dos deputados da maioria. À esquerda, nem o mínimo sinal de aprovação.
Cavaco Silva atribuiu parte da sua intervenção ao apelo a uma “atitude firme de combate à corrupção”, avisando que “ninguém está acima da lei”.
“A corrupção tem efeitos extremamente graves no relacionamento entre os cidadãos e o Estado, diminuindo a confiança nas instituições e criando, em particular, a falsa ideia de que a generalidade dos agentes políticos ou dos altos dirigentes da administração não desempenham as suas funções de forma transparente, ao serviço exclusivo da comunidade. É desta falsa perceção que se alimentam os populismos e se abre a porta à demagogia.”
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