O ex-presidente da República Mário Soares e o presidente do Parlamento, Jaime Gama, homenagearam os presos políticos no tempo da ditadura, enaltecendo os que lutaram pela liberdade e democracia.
«Foram verdadeiros pioneiros da criação merecida e conquistada da liberdade e da democracia em Portugal. Sigamos o seu exemplo, sempre», exortou o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, na sua intervenção na inauguração da exposição «Aljube - a voz das vítimas», instalada na antiga cadeia do Aljube.
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Os socialistas Jaime Gama, Mário Soares, o bloquista Fernando Rosas, historiador, o dirigente do PCTP/MRPP Garcia Pereira, o socialista Edmundo Pedro e o historiador Borges Coelho foram algumas das personalidades que se associaram à inauguração da exposição.
Questionado sobre as afirmações do militar de Abril Otelo Saraiva de Carvalho que disse em entrevista à Lusa que não teria feito o 25 de Abril se soubesse que o país ia «cair na situação» em que está hoje, Jaime Gama afirmou apenas que «ninguém é imune ao romantismo». «Somos um povo muito romântico e ninguém é imune ao romantismo», declarou.
O ex-presidente da República Mário Soares lembrou o lugar «sinistro» por onde «passou várias vezes» e frisou que hoje as pessoas podem dizer que «isto está mal» mas não que está pior que no tempo da ditadura.
«Porque a ditadura foi uma coisa horrível em todos os domínios. A lição que se tira disto é que nós não podemos deixar apagar a memória», afirmou, homenageando ainda «todos os capitães de Abril».
A exposição é organizada pela Fundação Mário Soares, o Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e o movimento cívico «Não Apaguem a Memória».
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