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Louçã antecipa apoio de PSD e CDS a acordo com troika

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Líder bloquista diz que partidos mais à direita vão dizer que documento tem «coisas más, mas que tem que ser assim»

O líder do BE manifestou-se convicto que os líderes do PSD e CDS vão apoiar o acordo do governo com a troika, argumentando que ele «tem coisas boas e coisas más, mas tem que ser assim», noticia a Lusa.

«Logo à noite, o doutor Passos Coelho e o doutor Paulo Portas vão pôr a sua melhor cara de missa do sétimo dia e vão dizer que, tudo ponderado, é preciso apoiar» o acordo do Governo com a troika para a ajuda externa a Portugal, disse Francisco Louçã.

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Os líderes dos sociais democratas e dos centristas, previu Francisco Louçã, argumentarão que o acordo tem «coisas boas e tens coisas más, mas tem que ser assim».

Se «tem que ser assim», acrescentou o dirigente do BE, Passos Coelho e Paulo Portas assiná-lo-ão e, ao fazê-lo, estarão a «assinar o desprezo para com os mais velhos» e a «abandonar todas as promessas que fizeram aos reformados».

O pacote de medidas acordado com a troika ¿ «o PEC [Pacto de Estabilidade e Crescimento] IV de que Sócrates tem tanto orgulho» e que o PSD e o CDS «vão apoiar» - ataca «os mais pobres deste país, a começar pelos reformados», afirmou Louçã.

¿O ataque à segurança social, o ataque aos desprotegidos¿ é, porventura, a ¿medida mais grave¿ do memorando de entendimento do governo com a ¿troika¿, disse o dirigente do BE, que falava, ao final da tarde, na Praça 8 de Maio, em plena Baixa de Coimbra, numa sessão de apresentação dos candidatos bloquistas por este distrito às próximas eleições.

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O acordo de Portugal com a ¿troika¿ ¿leva onde o PEC já queria chegar, onde o governo quer chegar, onde o PSD quer chegar e onde o CDS quer chegar¿, afirma Louçã.

O Primeiro-ministro «fez uma coisa feiíssima: orgulhar-se de um acordo que quis esconder aos portugueses e pelo qual não quis assumir responsabilidade» e «não quis explicar os detalhes», acusou o coordenador do BE.

O chefe do Governo português, ao anunciar, na terça feira, o acordo com a troika não referiu, por exemplo, que «12 mil milhões desse empréstimo vão logo para os bancos», nem que «o Governo fica autorizado a garantir 35 mil milhões de euros («quase metade do valor» global da ajuda externa), em obrigações, «para refinanciar a banca privada».

Sócrates «ou tem vergonha das medidas concretas deste pacote, que é o seu programa eleitoral, junto com o PSD e junto com o CDS, ou quer que os portugueses votem no apoio à política da bancarrota, sem saberem o que estão a fazer aos seus salários, às pensões dos mais velhos, ao apoio aos desempregados», sublinhou Louçã.

«Não temos saudades nem teremos saudades do país do PEC IV, do país do ramal da Lousã destruído, do canal do metro a esventrar a Baixinha [de Coimbra] até às calendas», dos estudantes que ficaram sem bolsas de estudo, da «fusão de três centros hospitalares» em Coimbra, sustentou, por seu lado, José Manuel Pureza, líder parlamentar do BE, que volta a encabeçar a lista de candidatos dos bloquistas por este distrito.

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