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Sócrates acusa Portas de «número pimba»

Líder do CDS ofereceu amêndoas da Páscoa de uma fábrica fechada pela ASAE

Paulo Portas ofereceu ao primeiro-ministro um pacote de amêndoas de Portalegre. O líder do CDS-PP trouxe para o debate quinzenal, desta quarta-feira, no Parlamento, o recente fecho pela ASAE da fábrica de amêndoas. Sócrates não deixou passar em branco a oferta do PP e acusou Portas de realizar um «número pimba» para «obter imagem na televisão».

O deputado Paulo Portas rematou a sua intervenção no Parlamento exibindo um pacote de amêndoas tradicional, «porque estamos na Páscoa», fabricado em Portalegre. «A ASAE quando apreende peixe podre faz muito bem; quando visita os produtores dessas amêndoas e lhes diz "os senhores têm que encerrar porque são dois e precisam de ter salas"... Manda-os para o desemprego e está a fazer mal à economia portuguesa e aos produtos tradicionais».

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Na sua intervenção final, o primeiro-ministro reagiu e considerou «profundamente ridículo» que um ministro, que «até já foi de Estado», faça «esses números pimbas» com o objectivo de «obter uma imagem ne televisão».

71 polícias para 428 mil habitantes

O líder do CDS-PP interpelou ainda o primeiro-ministro sobre a questão da segurança, desafiando-o a dizer que o PP tinha razão quando há um ano pediu ao Governo para não fechar os concursos para agentes da PSP e da GNR.

O primeiro-ministro recusou a assumir que a visão democrata-cristã tivesse sido correcta e justificou a alteração na política do Executivo, como uma «medida preventiva», uma vez que os números resultantes dos processos de mobilidade na administração pública não trouxeram «confiança» ao Governo. Sócrates acusou ainda Portas de efectuar propostas depois de notícias violentas nos «telejornais».

Paulo Portas retorquiu e afirmou que a proposta não foi apresentada em cima de notícias de crimes e apresentou os números do rácio polícia habitante, nas áreas urbanas de Lisboa.

Como exemplo, o líder do PP referiu que em Sintra, existem 71 polícias por turno para 428 mil habitantes. Portas afirmou ainda que o número de polícias ideal considerado pelo próprio governo é de 1 agente para 217 cidadãos. Na realidade, este número é 1 agente para 2009 habitantes, segundo o PP.

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