António Costa foi dizer ao Presidente da República, em Belém, que o PS tem condições para formar Governo com apoio maioritário na Assembleia da República. Isto é, as negociações com o Bloco de Esquerda e com o Partido Comunista deram frutos e há, como disse, uma "solução alternativa".
"O Presidente da República é a quem cabe fazer o juízo de qual o melhor caminho a seguir. O que transmitimos é que julgamos que estão criadas condições para PS formar Governo que disponha de apoio maioritário na Assembleia da República"
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Costa vincou a responsabilidade da decisão que Cavaco Silva irá tomar - e que a TVI sabe que é indigitar Passos Coelho como primeiro-ministro, já esta quarta-feira. E é, de resto, essa a "expectativa" que Passos Coelho tem: PSD e CDS-PP formarem Governo "o mais rapidamente possível". É "evidente", disse depois o parceiro da coligação Paulo Portas, que acusou o líder do PS de estar a tentar salvar a sua pele política, sem olhar a meios.
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Uma solução, tal como a de dar posse a um governo de gestão, que António Costa diz saber-se "antecipadamente" que não têm "a viabilidade": a primeira por não dispor de um apoio parlamentar maioritário, que não permite ao país encontrar "um rumo com a maior urgência possível"; a segunda porque colocaria o país numa "situação de ingovernabilidade" durante "largos meses".
"O Presidente da República atuará como entender, mas do nosso ponto de vista há uma solução alternativa, o país não ganha nada em prolongar a incerteza"
Coube a Passos Coelho, como líder partido mais votado, tentar formar Governo, e o próprio António Costa voltou a dizer que não contribuiria para maiorias negativas ou para inviabilizar a formação de um governo, mas "esgotadas as possibilidades de o PSD apresentar solução com suporte maioritário na AR", entende que este é o seu tempo e do seu partido.
"O PS entende que não se deve furtar ao seu dever de contribuir para proporcionar ao país solução de Governo estável e que tenha suporte maioritário para o conjunto da legislatura", insistiu. Costa confia, por isso, que um Executivo liderado por si possa durar quatro anos.
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As negociações com BE e PCP permitiram-lhe hoje dizer, claramente, que "estão criadas as condições" para que possa existir um Governo PS com apoio daqueles dois partidos.
Catarina Martins também confirmou isso mesmo, à saída da reunião que se seguiu com Cavaco Silva. As divergências entre BE e PS foram "ultrapassadas", havendo condições para um Executivo estável à esquerda. A porta-voz do Bloco prometeu novidades sob essa forma de Governo "logo que possível". Primeiro, está tudo nas mãos do Presidente, que ainda tem de ouvir na quarta-feira os partidos que faltam - PCP, “Os Verdes” e PAN -, como manda a Constituição.
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