António Costa reafirmou esta quinta-feira, em entrevista à TVI, o desejo de alcançar uma maioria absoluta, ainda para mais depois de ver na última sondagem da Intercampus ter reafirmado a vontade que os portugueses de um governo assim. O PS está à frente, mas se as eleições fossem hoje, ainda não conseguiria esse pleno. Se ganhar e a vitória ficar aquém do objetivo, haverá "menos condições" para governar e o líder do PS coloca em cima da mesa a possibilidade de compromissos. Mais à esquerda ou mais à direita? Com PSD e CDS-PP é que não.
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"Tenho deixado muito claro. O país o que nos pede é que mudemos de política e não é possível mudar com quem tem estado no poder. Seria um contrassenso o partido socialista propor-se ganhar as eleições para prosseguir esta política que as pessoas querem mudar"
E voltou a repetir o que tem dito nos últimos tempos: "a maioria é condição necessária mas não é suficiente". Daí a necessidade de "compromissos alargados, concertação social estratégica". A maioria absoluta não pode, por isso, , "ser vista como autossuficiência".
Costa não definiu com que partidos, em concreto, estaria disponível para encetar esses compromissos. Só deixou bem claro que "quem quer ter a continuidade" da política atual "vota na direita". "Quem quer mudar tem uma alternativa: vota em nós".
"Precisamos de uma vitória que nos permita cumprir com os portugueses o programa que apresentámos. Se souber a pouco, o que significa é que teremos menos condições para executar o programa. O país não precisa de acrescentar à crise e sobressalto permanente, uma crise política. Precisamos de fazer mudança política, uma alternativa diferente, que faça melhor, mas que possa fazer", argumentou.
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