António Costa admite um agravamento do IRS para "quem ganha mais", caso o Partido Socialista venha a formar governo após as legislativas, mas não esclarece a baliza que está aqui em causa. Quando questionado por Judite de Sousa, esta quinta-feira na TVI, sobre a reforma dos escalões do IRS, o líder socialista não desvendou em que moldes esta será feita, por entender que só no Governo poderá ser estabelecido um compromisso em concreto.
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"Sim, admito que sim [que as pessoas que ganham mais venham a pagar mais]. Temos de ter medidas que compensem a receita. Só quem tem o domínio da máquina fiscal pode calibrar as taxas de forma a que não dê um resultado desequilibrado. Não assumimos nenhum compromisso em concreto porque para desenhar os escalões em concreto só trabalhando por dentro, a partir da máquina fiscal."
Um redesenho dos escalões do IRS que para os socialista é essencial no sentido de aliviar a pressão sobre a classe média, que tem sido "vitimada" nos últimos anos.
"Reduzir o IVA da restauração sim, da eletricidade não"baixar o IVA da restauração"Ao longo dos últimos quatro anos a classe média tem sido vitimada e não há sociedade estável sem uma classe média estável."
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Quando questionado por um proprietário de um restaurante sobre esta matéria, o secretário-geral socialista afirmou que a redução do IVA na restauração “não é uma promessa”, mas “um compromisso”.
"Não é uma promessa, é um compromisso, palavra dada é palavra honrada."
Contudo, em relação ao IVA da eletricidade, esclareceu que não há nenhum compromisso do PS nesta matéria.
"Não haverá novos cortes nas pensões""Só assumimos um compromisso com o IVA da restauração, mas desejamos que o conjunto da carga fiscal se possa reduzir ao longo dos anos. Especificamos bem quais são os nossos compromissos: a redução do IVA da restauração, a eliminação da sobretaxa do IRC nos próximos dois anos, a reforma dos escalões de forma a aliviar a asfixia da classe média."
"Garantir que não há cortes nas pensões é fundamental para todas as futuras gerações. A sustentabilidade da Segurança Social consegue-se através da confiança na Segurança Social."
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O relato da entrevista AO MINUTO"A solução não é cortar porque isso se teria um efeito recessivo. Nestes últimos meses só por via do aumetno do desemprego a Segurança Social perdeu 8 mil milhões de euros e a forma de travar essa sangria é recuperar a economia e criar emprego."
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