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António Costa considera que o problema da dívida externa não se resolve num caminho de "confrontação" com as instituições europeias, devendo assentar antes num processo "negocial". A reestruturação da dívida, uma das ideias centrais do programa do Bloco de Esquerda, mereceu várias críticas do líder socialista e proporcionou um dos momentos mais acesos do frente-a-frente entre António Costa e Catarina Martins, esta segunda-feira, na TVI24.
O líder socialista acusou o Bloco de "prometer tudo a todos, dos pensionistas às crianças no berçário”, quando devia "aprender" com o que aconteceu à Grécia e ter "mais humildade". Costa sublinhou que o partido de Catarina Martins se propõe a alcançar aquilo que o governo helénico não conseguiu.
"Nunca acompanhei esta ideia de que isto se resolve com confrontação, em relação à Europa, ou de forma unilateral. Acho que depois do que aconteceu com a Grécia o BE devia ter alguma humildade. Alguém acredita que se houvesse um governo do BE conseguia aquilo que Tsipras e Varoufakis não conseguiram?"
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"O BE assume um rompimento com a união monetária. Pior que a desvalorização que da direita consegui fazer ao longo dos quatro anos era a desvalorização que resultaria se saíssemos do euro. Imagina o que é que eram essas pensões de 300 euros convertidas em escudos? Ou o salário mínimo nacional convertido em escudos? Seria uma desvalorização devastadora."
"Está a dizer que quando for eleito o país vai continuar numa situação de protetorado a fazer o que Berlim manda. Aprender com a Grécia não é desistir do país. Quem não se prepara acaba por fazer o que a Alemanha manda. Assumir o confronto é a única forma de resolver o problema."
"A Alemanha impôs esse programa, os outros países europeus contribuíram para o esmagamento da Grécia. É preciso ir para um confronto europeu que é difícil. O governo grego confiou demais nos partidos socialistas europeus, confiou demais nas instituições europeias."
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