O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou este domingo «não fazer sentido» que a República não reduza as taxas de juro do empréstimo que concedeu à Madeira, defendendo a revisão do programa de ajustamento celebrado com a região.
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«Não faz sentido que a República hoje, tendo, felizmente, taxas de juro melhores, continue a cobrar taxas de juro piores à Região Autónoma da Madeira», disse o líder socialista numa iniciativa de apoio à coligação Mudança, no primeiro dia da campanha oficial para as eleições legislativas regionais de 29 de março.
António Costa salientou que o PS já apresentou uma proposta na Assembleia da República para que a Madeira possa «beneficiar da redução das taxas de juro de que a República está a beneficiar».
«Devemos transmitir aos juros da Madeira aquilo que tem sido o benefício geral da República. Relativamente ao empréstimo [de 1.500 milhões de euros] da República à região, esse benefício deve ser estendido» ao arquipélago, vincou.
Questionado se estaria disposto, caso o PS ganhe as legislativas nacionais, a negociar a dívida da Madeira, independentemente do partido que passe a governar a região, o socialista respondeu com um «com certeza»: «É evidente que sim», insistiu.
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António Costa salientou que esta matéria é um assunto para ser tratado no âmbito das relações institucionais entre os governos da República e da Madeira.
«Um Governo da República do PS tratará a região autónoma seja governada pelo PS ou por outro partido. Foi assim que fizemos no passado [o Governo chefiado por António Guterres perdoou a dívida pública da Madeira] e é assim que faremos no futuro.»
O líder socialista nacional considerou ainda que o turismo e o desenvolvimento económico da Madeira são «grandes ativos para o país».
«Temos que apostar na Madeira porque ao apostar na Madeira estamos a valorizar uma componente fundamental do nosso território e uma grande oportunidade para futuro da economia nacional.»
«O PS da Madeira goza de autonomia e o PS vive bem com a autonomia dos Açores e da Madeira e com as opções autónomas do PS da Madeira relativamente à estratégia eleitoral que desenvolve nestas eleições regionais.»
Concorrem 11 forças políticas, sendo oito partidos (PSD, CDS, JPP, BE, PND, PCTP/MRPP, PNR e MAS) e três coligações - Mudança (PS/PTP/MPT/PAN), CDU (PCP/PEV) e a Plataforma de Cidadãos ‘Nós Conseguimos’ (PPM/PDA).
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