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Grécia: «Cada povo é livre de determinar o seu próprio destino»

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António Costa acredita que as eleições na Grécia estão a mostrar à Europa que é possível encontrar «alternativas à política que tem vindo a ser seguida»

O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou que as eleições que decorrem este domingo na Grécia mostram que a democracia resiste na Europa e que é possível encontrar alternativas à política que tem vindo a ser seguida.

«Em primeiro lugar temos todos de nos congratular com o facto de, ao contrário do que muitos querem convencer, a democracia resiste na Europa. Cada povo é livre de determinar o seu próprio destino e que é possível encontrarmos alternativas à política que tem vindo a ser seguida», salientou o líder socialista à margem de uma visita à Feira do Fumeiro de Montalegre.

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Apesar de ainda não se conhecerem os resultados oficiais das eleições, António Costa frisou que uma coisa «é indiscutível».

«A existência destas eleições já obrigou a Europa a refletir e os pequenos sinais que têm surgido, seja do Banco Central Europeu, seja da Comissão, são primeiros sinais de que há consciência de que é necessário mudar de direção e de como quem persiste como o nosso Governo em seguir no caminho que tem sido seguido está errado e temos que fazer a mudança também em Portugal que está a ser feita no conjunto da Europa», sublinhou.

Para o secretário-geral do PS, «é hoje muito claro na Europa que a política de austeridade fracassou como estratégia, quer de relançamento da economia, quer de consolidação orçamental» e que é preciso «encontrar uma nova orientação».

«Acho que o debate que surgiu em torno das eleições gregas é um exemplo de que esse debate é possível, é necessário e que a alternativa existe e é nessa alternativa que nós também estamos a trabalhar», frisou.

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António Costa considera que uma vitória do partido Syriza nas eleições é «mais um sinal» da mudança da orientação política que está em curso na Europa.

«É mais um sinal da mudança da orientação política que está em curso na Europa, o esgotamento das políticas de austeridade e da necessidade de termos uma outra política que permita fazer com que a moeda única seja efetivamente uma moeda comum», afirmou.

Para o líder nacional do PS, a Europa tem que ter «uma moeda que gere ganhos para todos os povos e todos os países e todas as economias da zona euro e que não seja uma moeda que, como tem acontecido, provoque resultados muito assimétricos com grandes benefícios para alguns e uma enorme pressão e austeridade para todos os outros».

«Acho que temos que ter uma Europa de novo solidária, e com uma moeda que seja partilhada nos ganhos, nas exigências por todos», referiu.

Nas declarações aos jornalistas, António Costa saudou ainda o povo grego «por ter sabido preservar o bem mais precioso que existe na Europa, que é a democracia, e tendo sido capaz de resistir a todas as pressões, aos distrates e ter sabido escolher livremente e democraticamente o caminho que quer seguir».

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«Acho que é essencial recordar às instituições europeias que o princípio fundamental da União Europeia é o de igualdade de todos os Estados-membros. E, portanto, a União Europeia tem que respeitar as decisões da Grécia como as decisões de todos os outros Estados-membros e a Europa deve, solidariamente, responder a esta mudança», acrescentou.

Para António Costa, «é claro, hoje, para todos, que a Europa tem de ter uma reorientação da sua política, se quer ser capaz de manter o apoio popular, o apoio dos cidadãos, à moeda única».

«E é fundamental não desperdiçar a moeda, que é uma vantagem para a União Europeia, mas que só é uma vantagem para a União Europeia, e só funcionará, quando funcionar de uma forma equilibrada», sustentou.

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