António Costa voltou a garantir que a «alienação total» da TAP, defendendo o valor da companhia aérea para Portugal, nunca esteve inscrita no memorando que o governo PS assinou com a troika e, para o provar, o secretário-geral do PS leu mesmo parte do documento num jantar com militantes em Castelo de Paiva, distrito de Aveiro.
«A TAP é fundamental. Na era da globalização, tem a importância que as caravelas tiveram na era dos Descobrimentos», realçou, referindo que «não haverá futuro para o país», se este não estiver inserido «nas rotas da globalização».
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De acordo com António Costa, «Portugal não pode prescindir da TAP», sendo importante uma «posição de controlo para garantir» a companhia aérea «ao serviço dos portugueses». «É uma história de fantasia»
António Costa afirmou que a ideia apresentada pelo primeiro-ministro de que a crise só sacrificou banqueiros «é uma história de fantasia».
A fantasia «tem sido bem exemplificada pela última intervenção do primeiro-ministro na passada sexta-feira, na Assembleia da República. A primeira fantasia que o primeiro-ministro quis apresentar ao país é esta ideia de que a crise só tem sacrificado os grandes banqueiros e tem poupado aqueles que mais são sacrificados na vida do dia-a-dia», criticou António Costa.
Para o líder socialista, o Governo «refugia-se na fantasia» considerando que a história apresentada pelo primeiro-ministro é «bonita, mas infelizmente é uma história de fantasia», não tendo «correspondência com a realidade do dia-a-dia dos portugueses e das portuguesas».
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O país perdeu 350 mil cidadãos que emigraram, «há mais 90 mil a sofrer de desemprego a longo prazo» e o Rendimento Social de Inserção deixou de proteger 116 mil pessoas, contrapôs António Costa, que falava durante o jantar de Natal da Concelhia do PS de Castelo de Paiva, no salão dos Bombeiros Voluntários.
O secretário-geral do Partido Socialista sublinhou também que o Governo se apresenta «esgotado nas suas soluções» e «fracassado nos objetivos que tinha proposto para o país», apontando para o aumento da dívida, os «orçamentos retificativos» que teve de fazer, assim como o facto de não ter acertado, «num único ano, nos objetivos da redução do défice».
«A recuperação económica está por demonstrar. Ninguém acredita nas previsões que o Governo apresentou», notou.
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