O secretário-geral do PS disse hoje em Coimbra que "a pressa" na privatização da TAP e Carris e o recente anúncio de um ajuste direto na STCP demonstra "o medo" que o Governo tem em perder as próximas eleições.
"A pressa que [o Governo] revela na privatização da TAP, Metro, Carris e este escândalo agora com a STCP [Sociedade de Transportes Coletivos do Porto], demonstra bem o medo que têm em perder", sublinhou António Costa.
PUB
O Ministério da Economia anunciou na terça-feira que a concessão das operações da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e da Metro do Porto vai ser atribuída por ajuste direto, decisão governamental que motivou críticas dos trabalhadores das empresas e dos autarcas da região.
Durante o discurso de António Costa em Coimbra, o líder socialista falou também do Banco de Fomento, considerando que o mesmo "não é bom nem mau”.
“É o banco que não ata nem desata", disse, acrescentando que gostava de saber "o que se passa" com o Banco de Fomento.
"Básico dos básicos é, de uma vez por todas, começar a pôr no terreno, começar a pôr a funcionar esse novo quadro comunitário de 27 mil milhões de euros disponíveis desde janeiro de 2014 e ainda não há um cêntimo que tenha chegado a uma única empresa em Portugal".
Programa da coligação é “um ato de fé”O programa da coligação PSD/CDS-PP "é um ato de fé. É dizer: nós acreditamos que vamos chegar ali. Aqui, não é uma questão de fé, é política e política faz-se com medidas concretas", criticou António Costa.
PUB
Quando se comparam as metas propostas pelo PS e as de PSD/CDS-PP, é necessário primeiro "comparar as medidas" que ambos propõem, visto que na ótica do secretário-geral socialista a coligação Portugal à Frente tem metas, "mas medidas para alcançar as metas zero".
"Quando apresentamos as contas do nosso programa e os desafiamos a apresentarem as contas deles, eles não apresentam as contas do programa, porque não é possível fazer as contas", apontou.
O programa do PS foi "estudado avaliado e tem as contas feitas", sustentou o líder socialista, que falava numa reunião no Hotel Vila Galé com os candidatos a deputados a nível nacional pelo PS e apresentação do mandatário nacional, António Arnaut, considerado o fundador do Serviço Nacional de Saúde.
Durante o discurso, António Costa voltou a frisar a necessidade de se criar emprego, defendeu a escola pública, o Serviço Nacional de Saúde, o aumento do salário mínimo nacional, o combate à precariedade e à diminuição da carga fiscal sobre as famílias.
As eleições legislativas realizam-se a 04 de outubro.
PUB