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«Alemanha precisa de 500 mil imigrantes e nós precisamos de 500 mil empregos»

António Costa defende medidas europeias de combate à migração em massa da periferia para o centro

O líder rosa, numa sessão que contou com depoimentos por videoconferência de portugueses emigrados pelo mundo, organizada pela Juventude Socialista (JS) na Cidade Universitária de Lisboa, sob o lema «Portugal tem futuro», distinguiu a «enorme diferença entre a liberdade de circular e a necessidade de emigrar». António Costa sublinhou ser preciso «regressar a 1966, há quase 50 anos», para encontrar «um número de emigrantes igual» ao de 2013, assinalando tratar-se de «um enorme desafio do ponto de vista económico, mas um terrível desafio demográfico», pois, «nos últimos quatro anos, 9% da população abaixo dos 30 anos e 13% da população entre os 20 e 29 anos» saiu de Portugal. A sessão, com a presença, entre outros, da eurodeputada do PS Maria João Rodrigues, ministra da Qualificação e Emprego do primeiro Governo dirigido pelo ex-secretário-geral do PS António Guterres, serviu ainda para Costa reiterar a falta de um «grande programa público de reabilitação urbana e uma política de habitação que assegure rendas acessíveis».

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O secretário-geral do PS defendeu este sábado medidas europeias de combate à migração em massa da periferia para o centro, citando notícias recentes sobre a necessidade alemã de trabalhadores estrangeiros, e a manutenção em Portugal dos jovens qualificados.

«Quando a Alemanha diz que precisa de 500 mil novos imigrantes, nós também podemos dizer que precisamos de 500 mil novos postos de trabalho. A circulação da mão-de-obra tem de ser acompanhada também da criação de postos de trabalho e emprego. Se não, a União Europeia (UE) não se reforça e será cada vez mais frágil», afirmou António Costa.

«De facto, as uniões monetárias não aproximam as economias, acentuam as assimetrias. Os equilíbrios que se estabelecem pode resultar por solidariedade orçamental, de que, infelizmente, a UE não dispõe, ou resultam de outro fator - a circulação do trabalho. Esse é o grande processo de ajustamento que está a acontecer na zona euro, que é uma emigração massiva das economias do sul em direção às poucas economias que estão a beneficiar ativamente com o funcionamento da moeda única», aduziu.

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«Ao contrário do que o primeiro-ministro disse, os jovens mais qualificados não devem partir por não terem futuro em Portugal. É precisamente pensar ao contrário. São necessários a Portugal porque são mesmo a condição de futuro para Portugal. Ao contrário do que disse Merkel (chanceler alemã), não temos licenciados a menos, temos é empregos qualificados a menos para os licenciados que ainda temos a menos e ainda temos de aumentar», insistiu.

Por seu turno, o líder da JS, João Torres, criticou a maioria PSD/CDS-PP por ter «chumbado» a coadoção por casais do mesmo sexo, além de ter ignorado outras «bandeiras» do movimento jovem socialista como a «regulação da prostituição e a liberalização das drogas leves».

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