Já fez LIKE no TVI Notícias?

PS: execução orçamental esconde dois mil milhões de dívidas «debaixo do tapete»

O Partido Socialista afirma que os dados refletem o «enorme» aumento de impostos aplicado às famílias

O PS considera que os dados da execução orçamental no primeiro trimestre do ano refletem o «enorme» aumento de impostos e advertiu que escondem «debaixo do tapete» cerca de dois mil milhões de euros de despesa.

Estas críticas ao Governo foram feitas pelo vice-presidente da bancada socialista António Gameiro, na sequência da divulgação dos números da síntese da execução orçamental de março.

PUB

De acordo com esses mesmos dados, o défice das administrações públicas foi de 825 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que significa que terá sido cumprido o limite trimestral para o défice orçamental definido no programa de resgate.

Na perspetiva do dirigente da bancada do PS, a execução orçamental traduz «o enorme aumento de impostos de 2013, que agora se reflete no pagamento do IRS e do IMI por parte dos portugueses».

«Os portugueses percebem bem quanto custa ter esta execução orçamental. Como assinalaram o Banco de Portugal e o Conselho de Finanças Públicas, esta consolidação orçamental é estritamente feita com base nesse enorme aumento de impostos», referiu António Gameiro.

António Gameiro defendeu em contraponto que, do lado da despesa, «não existe qualquer consolidação orçamental» e que o Governo «não consegue conter a despesa pública».

Na sua declaração, o «vice» da bancada do PS advogou também que a execução orçamental «demonstra que há lixo escondido debaixo do tapete, dívidas que não estão pagas, cerca de dois mil milhões de euros».

«A troika disse que há pelo menos 300 milhões de euros de dívidas do Serviço Nacional de Saúde por pagar, mais ainda ficam 1700 milhões debaixo do tapete», sustentou António Gameiro, que ainda deixou críticas à apreciação feita pelo PSD e CDS a esta execução orçamental.

«Os partidos do Governo embandeiraram em arco com esta consolidação orçamental. Mas, se está tudo tão bem, para quê planear mais cortes nas pensões até ao final de abril e por que razão é necessária uma nova tabela remuneratória para reduzir os salários dos funcionários públicos?», questionou o deputado do PS.

PUB

Últimas