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Oposição pede suspensão «imediata» da avaliação de professores

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PSD, PCP e BE pediram a suspensão do processo durante a sessão da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência

Os deputados da oposição na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência pediram esta terça-feira a suspensão «imediata» do processo de avaliação dos professores, enquanto o PS se mostrou disponível para melhorar o actual modelo, noticia a agência Lusa.

Na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, onde durante a manhã foi ouvida a Plataforma Sindical de Professores, os coordenadores dos grupos parlamentares do PSD, PCP e Bloco de Esquerda consideraram que o actual modelo «não serve os interesses das escolas», devendo ser imediatamente suspenso.

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Plataforma Sindical dos Professores: «a única saída» e a «atitude responsável»

Opinião idêntica é defendida pela Plataforma Sindical dos Professores, que reúne os onze sindicados do sector. Segundo o porta-voz daquela estrutura, Mário Nogueira, «a única saída» e «atitude responsável» é suspender o modelo e avançar para um novo.

«Sem suspensão não há negociação possível», disse, adiantando que não são os sindicatos, mas sim os conselhos executivos que não querem aplicar aquele modelo.

A suspensão imediata, encontrar uma solução para este ano e alterar o modelo no quadro da revisão do estatuto da carreira docente são as prioridades da plataforma.

PS: não há «alternativa» e «não há outro modelo»

A deputada do PS Fernanda Asseisseira reconheceu que neste momento existe «um clima de instabilidade que muito preocupa o partido socialista». Admitindo que o «modelo é complexo e que a sua implementação não está a ser fácil», a deputada socialista sublinhou que não há «alternativa» e que «não há outro modelo».

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Fernanda Asseisseira adiantou que o PS está disponível para acompanhar e melhorar o actual modelo de avaliação, tendo em conta estar previsto que este não é um processo fechado e pode ser avaliado.

PSD: «um modelo que não tem paralelo na Europa»

Já o deputado social-democrata Emídio Gueirreiro defendeu que os professores têm de estar sujeitos a uma avaliação, apesar de considerar que o actual não serve os interesses da escola.

«É fundamental suspender desde já o modelo para poupar tempo e para se evitar mais manifestações de contradição», referiu, sublinhando que o actual processo é «extremamente burocrático, cria uma grande instabilidade e não foi testado».

Emídio Guerreiro disse ainda que «não se compreende por que se inventou um modelo que não tem paralelo na Europa», defendendo que a solução deverá passar pela criação de mecanismos externos de avaliação, através de uma «prova externa para escalões superiores que existiam e deixaram de existir».

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PCP: «Escapar ao diálogo» é um sinal de grande fragilidade política

Na audição, Miguel Tiago, do PCP, adiantou que no próximo dia 25, na Conferência de Lideres, o PCP vai agendar o processo de resolução para a suspensão do processo.

Para o comunista, a «prepotência, arrogância e escapar ao diálogo são sinais de grande fragilidade política do Ministério da Educação».

BE: «encontrar um modelo consistente»

Também o Bloco de Esquerda (BE) considerou essencial «encontrar um modelo consistente que credibilize a escola pública».

A deputada do BE Cecília Honório disse que o «descrédito desta equipa do Ministério da Educação torna o quadro muito preocupante», sublinhando ainda que a tranquilidade só regressará à escola com a suspensão do modelo de avaliação.

Da comissão, que começou por volta das 11h e 30 min e terminou pouco antes das 14h, estiveram ausentes os deputados do CDS-PP e a deputada independente Luísa Mesquita.

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