Já fez LIKE no TVI Notícias?

Parlamento: Jaime Gama reeleito

Relacionados

Nome do socialista ultrapassou os 116 votos que precisava, chegou aos 204

Actualizado às 17h23

Jaime Gama foi reeleito pela maioria dos deputados da XI legislatura que agora começa. Depois de se dirigir ao plenário, foi a vez dos ainda líderes dos diferentes grupos parlamentares falarem e lembrarem que «os portugueses tiraram a maioria ao PS», nas últimas legislativas de 27 de Setembro. Algo que vai «tornar ainda mais importante» o trabalho na Assembleia da República.

PUB

Pouco passava das 15h quando a sessão plenária foi retomada. Após a Comissão Eventual de Verificação de Poderes, a quem competia verificar a regularidade formal dos mandatos dos deputados eleitos, apresentar o seu relatório aprovado «por unanimidade», foi a vez dos deputados começarem a votar para a eleição ou «reeleição» de Jaime Gama, como presidente da Assembleia da República (AR).

Voto em urna

Um a um, chamados por ordem alfabética, colocaram o voto em urna. Uma ocasião que permitiu a todos, deputados e jornalistas, «conhecer» os novos rostos - ligando os nomes a uma pessoa concreta.

Depois da lista subscrita pelo PS e pelo PSD - Alberto Martins (PS) e José Luís Arnaut (PSD) - com 22 deputados, a que se juntaram Pedro Mota Soares e Nuno Magalhães, do CDS-PP, a recondução de Jaime Gama era mais que esperada e ultrapassou os 116 votos necessários.

Depois de um pequeno intervalo para a contagem de votos, foi anunciada a reeleição de Jaime Gama. Votaram 228 deputados (dos 230). Houve 204 «sim»; 24 «brancos» e 0 «nulos». De pé, o hemiciclo aplaudiu o presidente reeleito.

PUB

Jaime Gama dirigiu depois algumas palavras ao plenário começando por «saudar os novos e as novas deputadas», garantindo que vai «exercer» a «função de novo investida» com a maior lealdade».

Sobre a XI Legislatura, considera que esta é «profundamente renovada, no plano político e na composição parlamentar, seja pelo número significativo de mulheres, como também pelo grande número de jovens presentes».

Jaime Gama prometeu ainda «bom senso, equilíbrio, equidistância e pluralidade, defendendo e afirmando a instituição parlamentar que preside». Quanto ao futuro projectou um maior investimento no canal parlamento, nas novas tecnologias de informação e nas energias verdes».

Mas o presidente reeleito lembrou os presentes que «estão ali todos ao serviço do país» e que a expressiva votação que lhe «deram» foi entendida como «um apelo à sua isenção como Presidente da Assembleia da República».

Palavra de «oposição»

Depois de Jaime Gama, foi a vez dos partidos. Começou Montalvão Machado, pelo PSD, que fez questão em enumerar o «meio milhão de votos» perdidos pelo PS, nas últimas legislativas, tal vez pela «simpatia e diálogo» que o anterior Governo, ainda em funções, «nunca teve». No final, prometeu que os sociais-democratas vão fazer «uma oposição forte, mas responsável e atenta aos superiores interesses do país».

PUB

Pedro Mota Soares, do CDS-PP, pegou nas palavras «parlamento renovado» utilizadas por Jaime Gama, para também ele lembrar que «o país escolheu terminar com a maioria absoluta no Parlamento». E que o novo executivo terá, agora, de «encontrar compromissos políticos».

Já para o Bloco de Esquerda, na voz de Luís Fazenda, o facto de «nenhum partido ter maioria, dará uma maior qualidade e eficácia ao debate político».

Para o PCP, «a maior expressividade dada a cada uma das forças políticas dar-lhe-à [à Assembleia da República] um papel mais importante».

O PS, fechou os discursos com Alberto Martins. «Na hora da despedida», o ainda líder parlamentar rosa lembrou os deputados que é necessário colocar «o bem comum acima dos bens partidários».

Pelo Executivo, ainda em funções, falou o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva. «Saudou» os novos deputados e disse acreditar que o Parlamento «vai continuar a melhorar o seu desempenho na vida política».

PUB

Relacionados

Últimas