Assunção Cristas vai trabalhar com quatro secretários de Estado, num ministério que resulta da fusão das pastas da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e do ministério do Ambiente e Ordenamento do Território, e que ganhou a tutela do Mar.
O antigo deputado do CDS-PP Daniel Campelo vai assumir a secretaria de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural. Engenheiro agrónomo, presidiu aos destinos do município de Ponte de Lima durante 16 anos, mas foi no Parlamento que ganhou notoriedade depois de viabilizar, em 2000 e 2001, o Orçamento do Estado do Governo socialista de António Guterres, ao votar favoravelmente em troca de investimentos no distrito de Viana do Castelo e no seu concelho, com destaque para uma fábrica de queijo, como compensação pela saída da unidade do Queijo Limiano para Vale de Cambra.
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Daniel Campelo foi suspenso da militância do CDS, durante mais de três anos, mas em 2005 o partido voltou a convidá-lo para se candidatar à câmara de Ponte de Lima, um mandato que ganhou e exerceu até 2009. Em Fevereiro deste ano substituiu Abel Baptista na liderança da distrital do CDS de Viana do Castelo.
Manuel Pinto de Abreu, o novo secretário de Estado do Mar, pasta antes sob tutela da Defesa, destacou-se como responsável pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental, contando com um vasto currículo académico na Universidade Lusófona de Lisboa, onde dirigiu as licenciaturas em Ciências do Mar, Química, Engenharia Biotecnológica e Engenharia do Ambiente.
Com formação como engenheiro hidrográfico, o novo secretário de Estado tem doutoramentos em «Physical Oceanography», feito nos Estados Unidos, e em Física, no ramo de oceanografia, na Universidade de Lisboa. O Conselho Científico das Ciências do Mar e do Ambiente, da Fundação para a Ciência e Tecnologia, a Ordem dos Engenheiros, a presidência do Conselho Consultivo da Comissão Interministerial para a Delimitação da Plataforma Continental, a Comissão Estratégica dos Oceanos são outros dos organismos inscritos no seu currículo profissional.
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José Diogo Santiago Albuquerque, novo secretário de Estado da Agricultura. que assume uma pasta que antes tinha um ministério, exerceu funções na Direcção-Geral de Agricultura da Comissão Europeia, em Bruxelas.
Na Internet é possível aceder a estudos do novo membro do Governo: «Agricultura sem subsídios? O caso da Nova Zelândia» e «Futuro da PAC - Questões principais no debate pós-201 são dois desses trabalhos. Trabalhou na Universidade de Lincoln, na Nova Zelândia, indicam ainda dados existentes na Internet.
Pedro Afonso de Paulo assume a secretaria de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, pastas que antes tinham um ministério próprio e que eram tuteladas por dois secretários de Estado.
Vice-presidente da distrital de Lisboa do PSD, pertenceu ao Ministério do Ambiente no Governo de Durão Barroso, quando tutelou empresas como a Águas de Portugal e os dossiês financeiros. Formado em Economia e com um MBA em Finanças (Roterdão, Holanda), foi também vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa.
Pedro Afonso de Paulo foi eleito vereador da Câmara de Oeiras nas últimas autárquicas, pelas listas do PSD, mas abandonou o cargo ao fim de poucos meses. Actualmente ocupava um cargo superior na Sapec, cujo presidente da administração é Eduardo Catroga.
O ministério liderado pela antiga deputada do CDS-PP da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território tem menos um secretário de Estado do que os ministérios no anterior Governo de José Sócrates.
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