A direita católica e conservadora não gostou que Cavaco Silva tivesse promulgado a lei dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo e procura já um candidato alternativo para as eleições presidenciais. Segundo o jornal «i», Bagão Félix continua a ser sondado, mas, apesar de dizer que não pode «deixar de ficar grato», avisa que não vale a pena continuarem a insistir.
Segundo o jornal, esta semana, em conversa telefónica, Santana Lopes e Bagão Félix voltaram a falar das presidenciais e o ex-primeiro-ministro insistiu novamente com Bagão para que avançasse para Belém.
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«É uma questão que não ponho sequer a mim próprio. Nem sou candidato nem candidato a candidato. Esta questão não se põe. Ponto final, parágrafo», disse o antigo ministro das Finanças ao jornal «i».
Embora não aceite ser candidato, Bagão Félix encara agora «com naturalidade» a existência de outra candidatura à direita, o que não acontecia há cerca de um mês.
Questionado sobre a possibilidade de Santana Lopes avançar contra Cavaco Silva, afirma agora que é «uma hipótese teórica», mas adianta que «se isso acontecer tem de ser encarado com naturalidade e não como uma heresia».
«O conceito de unicidade política não deve existir numa primeira volta das presidenciais», afirma. Mas vai avisando que a existir uma segunda candidatura à direita «tem de ser vista de uma perspectiva inteligente» e «não pode ser apenas uma reacção a um diploma que foi promulgado».
Questionado pelo «i» sobre se admitia apoiar uma eventual candidatura presidencial de Santana Lopes, Bagão Félix adia a decisão: «Se ele se candidatar, logo veremos».
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