O candidato presidencial Edgar Silva afirmou esta segunda-feira que houve um "crime económico" no caso do Banif, acusando o anterior governo (PSD/CDS-PP) de ter "mentido deliberadamente para lesar o Estado português".
"É uma prática dolosa porque sabiam (anterior governo) claramente que iam lesar o bem público e quem é que iria assumir com os encargos. (...) Quem o fez sabia que estava a lesar. Isto é grave e representa uma situação de responsabilidade política que requer urgentemente apuramento", afirmou o candidato apoiado pelo Partido Comunista Português.
PUB
"O suposto regulador nada fez ou nada faz. Já lá vão vários casos em que o suposto regulador mostra uma incapacidade para cumprir os seus deveres. Mais parece estarmos a pedir a alguém que tenha a função de uma raposa para vigiar um galinheiro. Toda esta situação tem de ser alterada", sublinhou.
"No meu entender, como candidato à Presidência da República, é impossível não exigir o apuramento das responsabilidades políticas e eventualmente criminais e uma alteração de fundo relativamente a todo este processo. Tem de existir uma viragem", defendeu.
A alienação foi tomada "no contexto de uma medida de resolução" pelas "imposições das instituições europeias e inviabilização da venda voluntária do Banif", segundo o comunicado.
A operação "envolve um apoio público estimado em 2.255 milhões de euros que visam cobrir contingências futuras, dos quais 489 milhões de euros pelo Fundo de Resolução e 1.766 milhões diretamente do Estado", disse o banco central, garantindo que esta solução "é a que melhor protege a estabilidade do sistema financeiro português".
PUB