O PSD deu este domingo o seu aval, «sob reserva», à intenção do Governo de nacionalizar o Banco Português de Négócios (BPN), embora remeta para mais tarde uma posição final, depois de conhecer todos os dados sobre esta instituição bancária.
«A reacção do PSD é uma reacção de prudência embora de abertura a essa medida. Em todo o caso reservamos uma posição final para um esclarecimento cabal dos dados económicos, financeiros e contabilisticos para sabermos exactamente da justeza ou não desta medida», afirmou o líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, em declarações à Agência Lusa.
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Por isso, acrescentou, há «a priori e sob reserva de novas informações abertura» do partido para acolher a decisão anunciada após reunião do Conselho de Ministros, porque a medida «favorecerá os clientes e depositantes» do BPN e «o sistema bancário em geral».
Paulo Rangel sublinha ainda que é evitável a utilização do termo «nacionalização», já que este «traz uma conotação ideológica no caso português que não corresponde à operação em causa». Assim, sugere a expressão «intervenção» ou «aquisição» do BPN pelo Estado português.
Pagamento de dívidas às empresas
Em conferência de imprensa no final da reunião extraordinária de Conselho de Ministros, o titular da pasta das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou ainda a aprovação de medidas para pagar a curto prazo dívidas da administração central às empresas no valor de 1.200 milhões de euros e da administração local e regional no valor de 1.250 milhões.
Para o PSD, esta é uma medida «completamente em branco» porque o Governo não explicou como é que ia saldar estas dívidas. Por outro lado, Paulo Rangel sublinha que este é «um grande triunfo do PSD», já que foi o partido que colocou na agenda há vários meses, e em especial a propósito do Orçamento de Estado, a necessidade do pagamento das dívidas às pequenas e médias empresas.
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