Francisco Louçã foi um dos primeiros a colar o nome de Fernando Lima à fonte de Belém que tinha dado ao «Público» a suspeita do Presidente da República sobre alegadas escutas feitas pelo Governo. Agora, que a história ganhou outros contornos e a cara do assessor de Cavaco Silva fez manchete no «Diário de Notícias», o líder do Bloco de Esquerda diz que não está surpreendido, mas esperava outra reacção.
Cavaco Silva disse entretanto que só tratará deste assunto depois das eleições, mas Louçã pede uma intervenção mais imediata. «Não era a resposta que esperava. Se isto aconteceu temos de ter a certeza que não se repente. A democracia não fica à espera, por isso a situação devia ser encerrada no dia de hoje», disse.
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Quanto ao resto, disse que «já se percebeu a telenovela Mexicana em que se transformou esta histórias de escutas que afinal não eram escutas». «Afinal era o caso de um assessor que se tinha sentado numa mesa errada há um ano e meio e depois é noticiado como se fosse uma crise institucional para que o país ficasse suspenso. A política tem de por toda a seriedade, respeito, clareza, que nitidamente não foi seguido em toda esta jigajoga de informações e contra-informações, de manipulações e sugestões», acrescentou.
«Acho que foi sempre evidente que se tratava de uma manipulação da informação, empolamento dos factos, de uma fantasia, de reduzir a política a uma novela mexicana», referiu, considerando que é « um incidente insignificante».
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