"Todos dizem o mesmo, mas medidas práticas... São ideias muito vagas." Quando Ana Luísa, uma enfermeira de 28 anos, viu Catarina Martins a descer as ruas do Porto, na noite deste sábado, não hesitou em interpelá-la para a questionar sobre os problemas que a afetam, diretamente, a nível pessoal e profissional. A iniciativa do Bloco de Esquerda pela baixa da cidade invicta tinha começado há poucos minutos e a porta-voz do partido já se confrontava com o testemunho de alguém que representa uma classe profissional. "Gente de Verdade".
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E Catarina Martins respondeu aos problemas de Ana Luísa. Que são dela e de tantos outros enfermeiros portugueses. Os que ficaram e os que tiveram de sair do país, com a ambição de construir uma carreira e um futuro.
"São os licenciados da função pública que ganham menos. O seu salário nao corresponde às suas qualificações. O salário tem que ter uma progressão na carreira que correponda ao que fazem. E precisamos muito que fiquem."
A arruada dos bloquistas pela baixa do Porto saiu da Praça dos Leões, junto ao café Piolho, para percorrer os restantes bares da noite da cidade. O obejtivo? Divulgar a proposta bloquista para a legalização da cannabis.
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"Para que pessoas que consomem cannabis não estejam nos mercados ilegais. É uma droga que tem os seus riscos, mas é melhor estar legalizada do que financiar redes criminosas. Para proteger a saúde pública e retirar do mercado ilegal redes criminosas. A nossa proposta é de saúde pública e de saúde financeira", justificou Catarina Martins.
A arruada terminou algumas ruas mais abaixo, por volta da meia noite. Catarina Martins diz que gosta de estar em contato com as pessoas de "diferentes formas" e deixa uma farpa à coligação Portugal à Frente.
"É bom estar em contato com as pessoas. Arruadas a passo apressado da coligação não é o nosso estilo."
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