A maior arruada de sempre do Bloco de Esquerda aconteceu este domingo, no Parque das Nações, em Lisboa. Depois do almoço-comício que juntou perto de duas mil pessoas no Pavilhão Atlântico, a caravana bloquista saiu para as ruas do parque, junto ao rio Tejo.
Eram cerca de 15:30 e o sol, muito quente, fazia-se sentir na capital. Catarina Martins, Mariana Mortágua, Joana Mortágua, Marisa Matias, José Soeiro e Jorge Falcato eram alguns dos bloquistas a liderar a caravana de apoiantes, que se prolongou por muitos metros, e encheu o parque de bandeiras e palavras de ordem. Esta foi a maior arruada do partido. A maior de sempre.
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"Foi muito bom o Bloco ter juntado tantas pessoas e é bom saber que quem aqui está, está porque não desiste do país. Está porque não desiste de que aqui seja possível viver. [...] Essa força de quem quer propostas concretas para o país é a força que nos anima", disse Catarina Martins.
Ao longo do parque lisboeta, muitos passeavam, outros descansavam à sombra, à beira-rio. Mas apesar do aparato, foram poucos os que se dirigiram à porta-voz do Bloco de Esquerda. Assim, a marcha teve menos paragens do que o habitual.
Mário e Sandra Silva foram dos poucos que decidiram cumprimentar Catarina Martins à sua passagem, com palavras de incentivo. São do Porto e estão aqui de fim de semana. Nenhum dos dois votou no Bloco no último ato eleitoral. Ele escolheu PS, apesar de afirmar que não tem partido, e ela optou pela CDU. Desta vez, ambos dizem que vão colocar a cruz ainda mais à esquerda, no BE. Com isso dizem esperar "uma mudança".
O Tejo indicava o caminho de volta aos bloquistas. Lá em cima o teleférico, para trás e para frente, A arruada acabou cedo, com uma grande roda de cânticos, bandeiras e palavras de ordem . No final, ainda havia tempo para tirar umas selfies. O dia foi "em grande", mas mais tranquilo do que o costume. Energias carregadas, amanhã é tempo de voltar à estrada.
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