Um cenário improvisado em frente à Brasileira e estava criado um paraíso fiscal em pleno centro lisboeta. A acção do Bloco de Esquerda centrou-se numa caricatura pitoresca dos «offshores», que o cabeça-de-lista do partido às europeias considera o principal tema das «agendas escondidas desta campanha».
«Chamamos a atenção para aquilo que são as agendas escondidas desta campanha. Em primeiro lugar, os paraísos fiscais: todos os líderes do Primeiro Mundo e o nosso primeiro-ministro falam contra os paraísos fiscais, mas ainda não vimos uma medida tomada para acabar com eles , que é absolutamente indispensável se quisermos ter os recursos para combater realmente o desemprego», disse Miguel Portas.
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Enquanto descia a rua em direcção ao Rossio, acompanhado de caras bloquistas tão ilustres como Francisco Louçã, Luís Fazenda, Ana Drago e João Teixeira Lopes, Miguel Portas entregou propaganda aos lisboetas, que responderam com sorrisos, cumprimentos e os «beijinhos da praxe».
«A reforma da Segurança Social resume-se em duas frases: trabalhar mais e ter pensões menores. A resposta encontra-se igualmente nos paraísos fiscais. Podemos ir buscar os recursos europeus aos paraísos fiscais e às bolsas e constituir, com esses financiamentos, um fundo de apoio complementar aos sistemas de Segurança Social mais fracos, como é o caso do nosso», acrescentou.
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Para Miguel Portas, há uma discussão surrealista entre o PS e o PSD sobre o investimento público: «Na verdade, durante os últimos cinco ou seis anos, todos eles, em nome do controlo do défice, não fizeram outra coisa senão andar a cortar no investimento público.»
Entre temas mais ou menos europeus, o cabeça-de-lista do Bloco prometeu «uma campanha para levar uma mensagem europeia às pessoas, de clareza, de proposta, de convicção». «Vamos falar claro do primeiro ao último dia», prometeu.
Esta terça-feira, Miguel Portas continuará a campanha em Salvaterra de Magos, a única autarquia do Bloco de Esquerda.
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