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Bloco vai insistir na legalização das drogas leves

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Bloquistas vão aproveitar o facto de o debate ter sido reacendido após as afirmações de Paula Teixeira da Cruz, que disse concordar com a despenalização do uso de drogas leves

Catarina Martins lembrou ainda que «a questão do tráfico ilegal está a ser resolvida noutros países, a bem de um mercado seguro e que proteja as pessoas», tendo afirmado que o BE vai, «a seu tempo, reapresentar um diploma» sobre a matéria. Questionada sobre a altura certa para debater a legalização das drogas, a dirigente bloquista disse «não haver momentos piores ou melhores para apresentar projetos que resolvam problemas do país».

A porta-voz do Bloco de Esquerda disse esta segunda-feira que vai voltar a apresentar propostas de legalização para a venda de drogas leves, tendo defendido que a ministra da Justiça devia ser consequente com as suas opiniões pessoais.

Há um problema que tem de ser resolvido, que é o problema de existir crime associado à venda ilegal de drogas leves, e que ninguém percebe porque são vendidas ilegalmente, tendo em conta que não são drogas mais lesivas para a saúde do que o álcool, o tabaco ou a cafeína, consideradas drogas legais», afirmou Catarina Martins.

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«O BE já apresentou projetos de lei concretos para criar condições de tornar a venda legal, das ditas drogas leves, mas o PSD votou sempre contra. Se a ministra da Justiça defende uma posição diferente sobre a matéria, deve ser consequente com ela e defender ações práticas».

«O Bloco de Esquerda é consequente com aquilo que defende, já apresentou projetos antes, e não deixaremos de aproveitar o debate para voltar a apresentar projetos concretos».

Catarina Martins reagia assim às afirmações da ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, que afirmou concordar com a despenalização do uso de drogas leves, numa entrevista à rádio TSF, para que «não haja criminalidade altamente organizada e branqueamento de capitais».

Em declarações à agência Lusa, Catarina Martins disse «estranhar» que a ministra da Justiça «não perceba a diferença entre despenalização e legalização», tendo lembrado que o consumo de drogas, em Portugal, «já foi despenalizado há anos».

«Antes dessa despenalização, pela qual a posição do BE é bem conhecida, quem consumia drogas era preso, e, se precisasse de tratamento para tratar a sua dependência, não tinha. Ia para a prisão. Agora não. Portugal é um país muito mais civilizado, mais evoluído e elogiado internacionalmente e onde, quem tem problemas com drogas, pode ter acesso ao tratamento que necessita, e essa é a resposta que se deve dar».

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